O Supremo Tribunal Federal marcou para os próximos dias 6 e 7 de maio o julgamento da denúncia contra os acusados do chamado “núcleo 4” da suposta trama golpista articulada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O que é o “núcleo 4” e de que são acusados
A Procuradoria-Geral da República aponta que este grupo específico tinha como principal função
disseminar desinformação sobre o processo eleitoral e promover ataques virtuais a instituições.
Entre os sete denunciados estão oficiais das Forças Armadas, um policial federal e o
presidente do Instituto Voto Legal, organização que questionou a segurança das urnas eletrônicas.
O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do STF, composta pelo relator da denúncia, ministro Alexandre
de Moraes, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Quem são os acusados
Integram o “núcleo 4” os majores da reserva do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo
Martins Denicoli, além do tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida e do coronel Reginaldo Vieira de Abreu.
Completam o grupo o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet
e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, que preside o Instituto Voto Legal.
Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus e
passarão a responder a ação penal no Supremo Tribunal Federal.
Cronograma dos julgamentos
A análise das denúncias está sendo realizada de forma fracionada, por núcleos de atuação. O núcleo
1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, já foi julgado e os 9 acusados tornaram-se réus.
O núcleo 2, com seis denunciados que teriam planejado ações para manter Bolsonaro no
poder ilegitimamente, também já teve as denúncias da PGR aceitas pela Primeita Turma do STF.
Os denunciados do núcleo 3, composto por 11 militares do Exército e um policial federal
acusados de planejar “ações táticas” do plano golpista, serão julgados em 8 e 9 de abril.
Texto para redes sociais (278 caracteres):
STF marca para 6 e 7 de maio julgamento do “núcleo 4” da trama golpista. Grupo de militares, policial federal e presidente do Instituto Voto Legal é acusado de espalhar desinformação sobre eleições. Se aceita a denúncia, investigados virarão réus.