Por Hylda Cavalcanti
O Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou, nesta segunda-feira (26/06), o inquérito de Nº 4995, solicitado no final de semana pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O inquérito tem como relator o ministro Alexandre de Moraes. Na petição encaminhada ao STF, a PGR também pediu o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado.
O documento da Procuradoria destacou que Eduardo Bolsonaro “tem divulgado amplamente que foi aos Estados Unidos em busca de sanções contra membros do STF, da PGR e da Polícia Federal”.
Conforme afirmou o PGR, Paulo Gonet, “há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos”.
Centralização com Moraes
A decisão de instaurar o inquérito foi do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. A relatoria foi atribuída a Moraes, pelo fato de ser ele o ministro que centraliza as investigações sobre atos antidemocráticos. E, também, por ser o responsável pelo inquérito sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Postagem no X
No domingo (25/05), após a denúncia da PGR, Eduardo Bolsonaro afirmou, por meio da publicação de um vídeo em sua conta na rede X (antigo Twitter), que “a esquerda passou anos viajando o mundo para falar mal da Justiça brasileira”.
O deputado licenciado disse, ainda, que “Moraes, Lula e o PT não defendem a democracia, defendem apenas os próprios interesses”.