Por Carolina Villela e Hylda Cavalcanti
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão chamando a atenção por fazerem anotações durante todo o tempo em que o advogado Matheus Millanez, do general Augusto Heleno, proferiu a sua sustentação oral em defesa do militar.
Moraes, relator da Ação Penal 2.668 do Supremo Tribunal Federal (STF), escreveu observações num livro com capa vermelha que, aparentemente, parece ser um exemplar do Código Penal ou do Código de Processo Penal. Dino também faz anotações.
Brincadeira com Dino
Durante um dos trechos da fala de Celso Vilardi, defensor de Jair Bolsonaro, o advogado fez uma menção a Flávio Dino, ao afirmar que tinha lido uma declaração do ministro de que nunca viu tantos juristas no Instagram. “Pois eu digo agora ministro, nunca vi tantos advogados dizendo ser criminalistas”.
Dino respondeu em tom bem humorado que o que quis dizer com sua fala não foi bem assim, mas que Vilardi não deve ficar preocupado. “Eu não falei exatamente assim, mas neste quesito estamos do mesmo lado do pensamento. Não vou processá-lo por isso”, afirmou em tom bem humorado.




Políticos, autoridades e segurança
Para o início desse segundo dia de julgamento, a segurança foi reforçada no entorno da sede do STF com o aumento de tensão em Brasília por conta da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que se pronunciaria hoje. A movimentação foi intensa. Passada mais de uma hora do início da sessão não param de chegar ao prédio do STF pessoas cadastradas para acompanhar o julgamento, principalmente políticos, como foi o caso do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e da senadora Tereza Leitão (PT-PE).
Como nesta quarta-feira (03/09) aumentou o número de jornalistas inscritos que estão acompanhando o julgamento, outras duas tendas com mesas e cadeiras ampliaram o espaço reservado para a imprensa. Além disso, recentemente cinegrafistas entraram em confronto com técnicos que queriam tirar a mesa técnica disponibilizada para segurar microfones durante as entrevistas coletivas.
A intenção era colocar o equipamento num lugar mais distante. Porém, diante da pressão e das reclamações feitas pelos vários jornalistas, a equipe de comunicação do STF manteve o equipamento no mesmo local.

