va Jato contra doleiro Alberto Youssef
Da Redação
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem (15/7) pela “nulidade absoluta” de todos os atos da Operação Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef.
Toffoli afirmou que houve “incontestável conluio processual entre acusação e magistrado”, numa referência ao ex-juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná — que era na época titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Youssef revelou o esquema de corrupção e cartel na Petrobras entre 2003 e 2014 durante delação premiada.
Suspeição de Moro
Na decisão, que contém 53 páginas, o ministro do STF acolheu o pedido da defesa de Alberto Youssef ao reafirmar a suspeição de Sérgio Moro na condução dos procedimentos investigativos e ações penais.
A decisão também afirmou que a Operação Spoofing – que investigou o hackeamento de troca de mensagens entre Moro e procuradores do Ministério Público, na época – permitiu que diversos réus da Lava Jato apontassem ilegalidades cometidas pelo então juiz federal.
Projetos pessoais e políticos
“O estudo mais aprofundado do material colhido na referida operação (Spoofing) revelou um complexo sistema de captura do Poder Judiciário e do Ministério Público para o desenvolvimento de projetos pessoais e políticos, o que ficou estampado em centenas de decisões proferidas por esta Suprema Corte“, ressaltou Toffoli.
Alberto Youssef é considerado um personagem emblemático da Lava Jato. Preso em março de 2014, quando a primeira etapa da operação foi deflagrada, o doleiro fechou o segundo acordo de delação premiada no âmbito da investigação.