A Esplanada dos Ministérios foi fechada na altura da Praça dos Três Poderes, no começo da noite desta quarta-feira, após duas explosões acontecerem nas proximidades do Supremo Tribunal Federal. Um carro explodiu no estacionamento próximo ao STF e um homem morreu devido a uma outra explosão em frente ao Supremo. A suspeita das autoridades é que esse homem, que portava uma mochila com explosivos, acionou os dispositivos.
As autoridades do governo do Distrito Federal confirmaram que o homem morto é Francisco Wanderley Luiz e que o carro que explodiu está no nome dele. Luiz foi candidato a vereador pelo PL em 2020 no município de Rio do Sul (SC).
A assessoria do STF divulgou nota onde afirma que, “ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”.
Em nota complementar, por volta das 23 h, o STF informou que estão sendo feitas varreduras nos prédios da Corte e o expediente foi suspenso na manhã desta quinta-feira.
A Polícia Federal também divulgou nota onde afirma que ” investiga as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um inquérito policial será instaurado para apurar os ataques”.
Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local, conclui a nota.
Os ministros Alexandre Moraes e Cristiano Zanin, do STF, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se reuniram com o presidente Lula, no Palácio da Alvarorada, após as explosões. Integrantes do esquadrão anti-bomba iniciaram uma varredura nos prédios da praça dos Três Poderes, incluindo o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, falou com a imprensa por volta das 22 h dando alguns detalhes da ação das forças de seguranças na Esplanada dos Ministérios. Ela informou que o homem morto perto da estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes, tentou entrar no prédio do STF, mas foi barrado.
Celina disse ainda que sugeriu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que não houvesse expediente nesta quinta-feira no Congresso, por questões de segurança, e Pacheco teria concordado com a sugestão.
O ministro Flávio Dino, do STF, usou suas redes sociais para passar confiança aos brasileiros após as explosões na Praça dos Três Poderes.
“A Justiça segue firme e serena. Orgulho de servir ao Brasil na Casa da Constituição: o Supremo Tribunal Federal”, afirmou Dino.