O Ibovespa renovou nesta segunda-feira (27) seus recordes histórico intradiário e de fechamento, impulsionado pelo otimismo gerado após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizada na Malásia. A possibilidade de abrandamento das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil fortaleceu o apetite por risco dos investidores e contribuiu para o avanço do principal índice da bolsa brasileira.
Com o bom humor nos mercados locais e globais, o índice encerrou o dia aos 146.969 pontos, em alta de 0,55%. Durante o pregão, chegou a bater os 147.977 pontos, sua maior marca nominal registrada.
Acordo comercial entre Brasil e EUA anima investidores
A expectativa de um anúncio próximo sobre a redução de barreiras tarifárias entre os dois países foi o principal gatilho da valorização. O encontro entre os presidentes reforçou a percepção de aproximação política e econômica, sinalizando um possível novo capítulo nas relações comerciais bilaterais.
A reação do mercado refletiu também os dados positivos do IPCA-15 divulgados na sexta-feira anterior, indicando uma inflação sob controle e reforçando o otimismo com a economia brasileira.
Repercussão internacional amplia otimismo
No cenário externo, a expectativa por um entendimento entre os Estados Unidos e a China em relação a disputas comerciais também impulsionou o apetite por ativos de risco. Os mercados aguardam a reunião entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, marcada para quinta-feira (30), com esperança de um alívio definitivo nas tensões.
Com isso, as bolsas de Nova York também fecharam em níveis recordes. O S&P 500 subiu 1,23%, o Nasdaq avançou 1,86%, e o Dow Jones ganhou 0,71%, refletindo o bom desempenho de gigantes da tecnologia e otimismo global.
Dólar em queda e juros futuros estáveis
O movimento positivo também afetou o câmbio. O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,3697, com queda de 0,42%. A moeda brasileira teve o quinto melhor desempenho entre as 33 moedas mais líquidas do mundo, de acordo com levantamento do Valor Econômico.
Já os juros futuros mostraram certa estabilidade, com movimentos próximos aos ajustes anteriores. A curva reagiu com menos intensidade aos estímulos positivos, influenciada por realização de lucros após alívio recente. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 fechou a 13,835%.
Reflexos na América do Sul
Outro fator que colaborou para o sentimento positivo nos mercados foi a vitória do partido de Javier Milei nas eleições legislativas argentinas. A perspectiva de um ambiente político mais estável na Argentina gerou revisão positiva nas recomendações para os ativos do país por parte de grandes bancos internacionais.
Com a combinação de fatores internos e externos, o mercado brasileiro fechou a sessão desta segunda-feira com forte otimismo, alimentando expectativas para os próximos movimentos na política comercial internacional.



