painel mostra indicadores do mercado financeiro

Ibovespa rompe os 150 mil pontos e fecha em novo recorde histórico

Há 2 meses
Atualizado terça-feira, 4 de novembro de 2025

Índice é impulsionado por ações da Petrobras e bancos; dólar recua diante da expectativa pela manutenção da Selic

O Ibovespa encerrou a segunda-feira (3) em forte alta e ultrapassou, pela primeira vez, a marca histórica de 150 mil pontos. O principal índice da bolsa brasileira fechou aos 150.454 pontos, com valorização de 0,61%, impulsionado pelo desempenho positivo de ações de bancos e da Petrobras.

O avanço ocorre em meio à expectativa da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira. O mercado espera manutenção da taxa Selic em 15%, o que tem favorecido o real frente ao dólar e estimulado o apetite por ações locais. Este foi o quarto pregão seguido em que o Ibovespa bateu recordes tanto intradiários quanto de fechamento nominal.

Bancos e Petrobras puxam valorização do índice

A valorização expressiva do Ibovespa foi sustentada, principalmente, pelas ações do setor financeiro e da Petrobras. Os papéis dessas empresas, considerados blue chips, tiveram desempenho acima da média do mercado, sustentando a trajetória de alta do índice.

Durante a tarde, o Ibovespa chegou ao pico de 150.761 pontos, mas perdeu força nas horas seguintes, acompanhando uma leve acomodação nos papéis que vinham liderando os ganhos. Ainda assim, o fechamento manteve o patamar inédito, marcando um momento simbólico para o mercado financeiro brasileiro.

Dólar em queda reforça otimismo com ativos locais

O real também teve um dos melhores desempenhos do dia entre as moedas emergentes, com o dólar comercial recuando 0,42%, encerrando cotado a R$ 5,3574. O euro também caiu, fechando em R$ 6,1713. A valorização da moeda brasileira foi interpretada como sinal de confiança dos investidores na condução da política monetária nacional.

A expectativa predominante é de que o Copom mantenha a Selic estável em 15%, o que reforça o diferencial de juros entre o Brasil e países desenvolvidos e torna os ativos locais mais atrativos para o capital estrangeiro.

Juros futuros sobem levemente com cenário externo

Os contratos de juros futuros também apresentaram leve alta, acompanhando o movimento dos Treasuries americanos. Em um dia de baixa liquidez e poucas novidades no mercado local, os investidores adotaram postura cautelosa antes da decisão do Banco Central.

As taxas dos principais contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) avançaram moderadamente. O DI para janeiro de 2027 subiu de 13,85% para 13,875%, enquanto o contrato de janeiro de 2029 passou de 13,075% para 13,08%.

Bolsas americanas têm desempenho misto

No exterior, os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam com resultados mistos. O S&P 500 subiu 0,17%, e o Nasdaq avançou 0,46%, impulsionados por ações do setor de tecnologia. Já o Dow Jones destoou e caiu 0,47%, pressionado pelo mau desempenho de papéis como o da UnitedHealth.

O dia também foi marcado por discursos de dirigentes do Federal Reserve, que evidenciaram a divisão interna sobre os rumos da política monetária norte-americana. A indefinição contribuiu para um ambiente de maior cautela nos mercados globais.

Expectativas se voltam para o Copom

Com os mercados à espera da decisão do Copom, a tendência é de que a volatilidade aumente nos próximos dias. Uma eventual surpresa na taxa de juros pode alterar significativamente o humor dos investidores.

O cenário atual, no entanto, é de otimismo cauteloso. O desempenho recente do Ibovespa sugere que os investidores estão precificando a estabilidade monetária e apostando na resiliência da economia brasileira diante dos desafios globais.

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