Por Hylda Cavalcanti
O advogado Paulo Cunha Bueno, um dos integrantes da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de ser concluído o julgamento, cabisbaixo e demonstrando certa insatisfação. Ele evitou falar muito com os jornalistas, mas disse que considera o julgamento que está sendo realizado um “julgamento de exceção”.
Segundo Bueno, conforme já disse a defesa várias vezes e foi reiterado no voto do ministro Luiz Fux, o STF é incompetente para fazer esse julgamento. “Essa Corte não tem atribuição legal para julgar o ex-presidente e os outros sete réus por tentativa de golpe”, frisou, ao destacar a divergência aberta por Fux neste sentido.
Críticas à delação de Cid
O advogado também repetiu críticas que já tinha feito antes contra a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Destacou que “a delação do Cid nem deveria existir, porque ele é um mentiroso”.
Questionado sobre os recursos a serem apresentados contestando o resultado do julgamento, o operador de Direito foi suscinto e evitou fazer qualquer comentário. “Vamos esperar o julgamento acabar e serem cumpridos todos os ritos necessários”, pontuou.