O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou confiança na aprovação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada na noite desta segunda-feira (15), em entrevista ao SBT News.
Apesar das tensões entre o governo federal e o Congresso, Lula afirmou estar trabalhando pessoalmente pela indicação. Messias é considerado um nome próximo do presidente e foi escolhido apesar da resistência de setores do Senado, especialmente do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
Indicação é alvo de articulações
Segundo bastidores, Alcolumbre teria preferido a nomeação do senador Rodrigo Pacheco. Com a decisão por Messias, articulações contrárias ganharam corpo, dificultando a aprovação no plenário.
Lula, porém, minimizou o impasse e negou qualquer crise com Alcolumbre. “Sou amigo do Alcolumbre e do Hugo Motta”, disse. Ele destacou o volume de projetos aprovados em sua gestão, mesmo com um Congresso considerado adverso.
Comparativo com Obama e defesa da democracia
O presidente comparou sua gestão à de Barack Obama, ressaltando que a governabilidade é fruto do diálogo. “É o milagre da democracia”, afirmou. Citou como exemplo a aprovação da reforma tributária.
Lula também rebateu críticas de que teria controle sobre o STF, devido à quantidade de ministros indicados. “Se eu tivesse interferência no Supremo, eu teria ficado preso?”, questionou.
Caso envolvendo ex-assessora de Lira
Questionado sobre a operação da Polícia Federal que teve como alvo Mariângela Fialek, ex-assessora de Arthur Lira, Lula preferiu não comentar. Disse apenas que respeita as decisões dos três poderes.
Com isso, o presidente tenta conter os danos políticos em um momento em que precisa garantir votos para consolidar a nomeação de Messias ao STF.
Resumo para redes sociais (Instagram/X): Lula reafirma apoio a Jorge Messias para o STF, minimiza crise com Alcolumbre e nega influência sobre o Supremo. Indicação enfrenta resistências no Senado.



