• Quem somos
  • Equipe
  • Política de Respeito à Privacidade
  • Fale Conosco
  • Artigos
sábado, junho 14, 2025
HJur Hora Juridica
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • Login
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
HJUR Hora Jurídica
Sem Resultados
Ver todos os Resultados

Partituras originais de Schoenberg viram cinzas

Jeffis Carvalho Por Jeffis Carvalho
1 de maio de 2025
no Artigo, Direito à Arte
0
Partituras originais de Schoenberg viram cinzas

A luz da civilização, a esperança e a possibilidade de transformação da natureza. Estas são as “chamas” de Prometeu – que no mito roubou o fogo do Olimpo e o deu aos homens. Elas são também uma metáfora sobre a liberdade, a coragem e a luta pela civilização. Por outro lado, as chamas que transformam também destroem, queimam e reduzem tudo a cinzas. 

Inevitável pensarmos na força dessa contradição diante da destruição de um acervo cultural como as cem mil partituras de Arnold Schoenberg (1874-1951), o compositor  que inaugurou o modernismo musical  e foi decisivo na produção de música clássica do Século XX.  Há quase duas semanas, ventos fortes fizeram com que as chamas que começaram nas encostas das montanhas a oeste de Los Angeles,  Califórnia,  se transformassem em um incêndio florestal de rápida propagação, que se espalhou pela vegetação já seca até engolir o bairro de Pacific Palisades, perto de Santa Mônica.

LEIA TAMBÉM

A internet, o namoro e a IA

Vanilo de Carvalho: Harvard sob ataque

“Perdemos tudo, é brutal”, disse, ao New York Times, Larry Schoenberg, filho do compositor. Ele administrava a Belmont Music Publishers de sua casa em Pacific Palisades. Ali, em um prédio de 185 metros quadrados nos fundos de sua casa era mantido todo o acervo do pai.  Nascido na Áustria,  Schoenberg mudou-se para os Estados Unidos em 1933, fugindo da perseguição nazista. Ele se estabeleceu em Los Angeles, onde continuou a compor e ensinar. Durante sua residência na cidade, acumulou um vasto arquivo de partituras e documentos, muitos dos quais eram manuscritos originais de suas composições.

O catálogo desse gigante da inovação musical era composto de peças “exuberantes e românticas “ de sua juventude até as obras que revolucionaram o cenário musical na década de 1910. Pioneiro do dodecafonismo – técnica dos 12 tons -, sua contribuição para a música moderna é inestimável. As suas composições, cheias de inovação e complexidade, transformaram o panorama musical e inspiraram gerações de compositores. 

Os incêndios que assolaram Los Angeles varreram com ferocidade bairros inteiros, incluindo a área onde o acervo de Schoenberg estava armazenado. Além das partituras originais de obras icônicas, perderam-se também anotações pessoais e documentos históricos, tudo consumido pelas chamas. 

Impacto Cultural

A perda é incalculável não apenas em termos materiais, mas também pela destruição de um pedaço vital da história musical. A destruição dos documentos de Arnold Schoenberg representa uma perda irreparável para a cultura mundial. Afinal, a preservação de partituras e manuscritos originais é crucial para a compreensão da evolução criativa de um compositor. Essas peças não só fornecem insights sobre o processo de composição, mas também são testemunhas tangíveis da história da música.

Embora muitos dos documentos de Schoenberg tenham sido destruídos, esforços estão sendo feitos para preservar e digitalizar qualquer material restante. Instituições musicais e acadêmicas estão colaborando para garantir que o legado de Schoenberg continue a ser estudado e apreciado por futuros músicos e estudiosos.

Para aqueles que na definição do professor Jorge de Almeida, da USP, que, assim como ele, têm medo de Schoenberg, há diversas razões para temê-lo e muitas razões para admirá-lo. “Talvez sejam as mesmas… Por isso é preciso abrir os ouvidos para o que esse ‘medo’ diz sobre nós, sobre a sua música e sobre o século que já nos separa”. 

Para quem nunca ouviu Schoenberg, uma boa introdução é seu maravilhoso sexteto para cordas Noite Transfigurada op.4 (1899), depois transposto por ele para orquestra de cordas. Trata-se de uma peça de transição do romantismo tardio sob inspiração de Mahler para a revolução que Schoenberg promoveria poucos anos depois. 

Aqui está o link, na regência de Pierre Boulez, com a Essemble Intercontemporain:

https://open.spotify.com/intl-pt/track/5rxyR26DwuVt8ZtPKTZF3i?si=16bc1177c64c49b8

 

Autor

  • Jeffis Carvalho
    Jeffis Carvalho

Post Views: 12

Relacionados Posts

A internet, o namoro e a IA
Comportamento

A internet, o namoro e a IA

13 de junho de 2025
Vanildo de Carvalho
Artigo

Vanilo de Carvalho: Harvard sob ataque

9 de junho de 2025
A regente búlgara Delyana Lazarova dirige a Osesp
Direito à Arte

A música celebra a natureza, por Jeffis Carvalho

9 de junho de 2025
Andressa Paz
Artigo

Andressa Paz: Flexibilizão do licenciamento ambiental e retrocesso estrutural — um alerta

5 de junho de 2025
Clint Eastwood
Cultura

Os 95 anos do olhar de Clint Eastwood, por Jeffis Carvalho

2 de junho de 2025
João Caetano Muzzi Filho, advogado, doutor em Direito Tributário (UFMG)
Artigo

João Caetano Muzzi Filho: O que é Ato Cooperativo, Afinal?

29 de maio de 2025
Próximo Post
O polêmico debate sobre vínculo entre motoristas de app e empresas chega ao STF

O polêmico debate sobre vínculo entre motoristas de app e empresas chega ao STF

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NOTÍCIAS POPULARES

Sem conteúdo disponível

ESCOLHIDAS PELO EDITOR

STF valida lei das ZPEs

STF valida lei das ZPEs

18 de dezembro de 2024
Justiça do DF condena Nikolas Ferreira a pagar 200 mil reais de indenização por fala transfóbica

Justiça do DF condena Nikolas Ferreira a pagar 200 mil reais de indenização por fala transfóbica

30 de abril de 2025
Primeira Turma do STF mantém suspensão da cobrança de PIS/Cofins de seguradoras

STF julga esta semana denúncias da PGR contra o Núcleo 4 do golpe

5 de maio de 2025
Supremo decide que discussão sobre controle da Linha Amarela fica na Corte

Supremo decide que discussão sobre controle da Linha Amarela fica na Corte

7 de novembro de 2024

Sobre

Hora Jurídica Serviços de Informação e Tecnologia Ltda. - CNPJ 58.084.027/0001-90, sediado no Setor Hoteleiro Norte, Quadra 1, lote “A”, sala 220- Ed. Lê Quartier, CEP:70.077-000 - Asa Norte - Brasília-DF

Siga-nos

Últimos artigos

  • Moraes determina que Instagram preserve o perfil supostamente usado por Mauro Cid
  • A internet, o namoro e a IA
  • Ministra Liana Chaib, do TST, determina a empresa que faça cálculo provisório para manter cota legal de PcDS
  • Em depoimento à PF, Mauro Cid nega plano para fugir do país 
  • JF mantém validade de resolução da Anvisa que proíbe uso de câmaras de bronzeamento no país
  • Home Page 1
  • Home Page 2
  • Purchase JNews
  • Intro Page
  • JNews Demos
  • Contact Us

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica