O tenente-coronel Mauro Cid por pouco não voltou à cadeia. Segundo a defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, após decretar a prisão de Cid, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a ordem. No entanto, o militar foi alvo de busca e apreensão nesta sexta-feira (13), e presta depoimento à Polícia Federal nesta manhã.
A operação investiga uma suposta tentativa de Mauro Cid de obter cidadania portuguesa para deixar o país. O plano teria a ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que foi preso mais cedo pela PF em casa, no Recife (PE).
A prisão preventiva de Machado também teria sido decretada por Moraes. O ex- ministro teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife, em maio de 2025, para obter a emissão de um passaporte português para Cid.
O que diz a defesa de Mauro Cid
O advogado de Mauro Cid, César Bittencourt, negou as acusações, afirmou que nada foi apreendido na casa do tenente-coronel e que ele está “ansioso” diante da situação.
Bittencourt também negou que Mauro Cid tenha usado os perfis intitulados Gabriela R” ou “@Gabrielar702 “para falar sobre seus depoimentos concedidos à Polícia Federal durante a colaboração premiada, como foi revelado pela revista “Veja”.
Em manifestação enviada ao STF nesta quinta-feira(12) a defesa alegou “total falsidade da matéria e de seu conteúdo afirmando que esse perfil não é e nunca foi utilizado por Mauro Cid, pois, ainda que seja coincidente com o nome de sua esposa (Gabriela), não tem nenhuma relação com ela.
O advogado também pediu ao ministro Alexandre de Moraes a abertura de investigação para apurar a titularidade e o uso dos perfis Gabriela R” ou “@Gabrielar702. Por fim, reiterou, mais uma vez, que “Mauro Cid cumpriu todos os termos de sua colaboração premiada, inclusive, quanto ao sigilo e demais cautelares diversas da prisão que lhe foi concedido”.
Polícia Federal
Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu, nesta sexta-feira (13/6), dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As ordens judicias foram cumpridas em Recife/PE e Brasília/DF.