Da redação
A Polícia Penal Federal realizou nesta quarta-feira (12) a transferência de sete presos do Rio de Janeiro para o Sistema Penitenciário Federal (SPF), conforme informou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A operação foi solicitada pelo governo estadual e executada sob rigorosos protocolos de segurança, consolidando o Rio de Janeiro como o Estado com maior número de detentos sob custódia federal no país.
Com a transferência dos sete custodiados, o estado fluminense passa a ter 66 presos de alta periculosidade no sistema federal, mantendo a liderança nacional nesse indicador. Somente em 2025, foram realizadas 19 novas inclusões de presos cariocas no SPF, demonstrando a continuidade da política de isolamento de lideranças criminosas consideradas extremamente perigosas.
Processo judicial garante análise individualizada dos casos
As vagas solicitadas pelo governo do Rio de Janeiro foram prontamente atendidas pela Senappen no dia 28 de outubro. No entanto, as transferências dependem do rito processual estabelecido com o Poder Judiciário, que analisa individualmente cada pedido antes de autorizar a inclusão dos presos nas unidades federais. A operação desta quarta-feira contempla os sete custodiados que já receberam autorização judicial.
O processo de transferência segue critérios rigorosos estabelecidos pela legislação brasileira. Apenas presos considerados de altíssima periculosidade, geralmente lideranças de organizações criminosas que representam risco à ordem pública e à segurança dos estabelecimentos prisionais estaduais, podem ser encaminhados ao sistema federal.
A Polícia Penal Federal é responsável pela execução da operação, que conta com planejamento detalhado e coordenação específica para garantir o mais alto padrão de segurança. Segundo o ministério da Justiça e Segurança Pública, por razões estratégicas e de proteção operacional, informações adicionais sobre a transferência não são divulgadas publicamente no momento da ação.
Regime de segurança máxima caracteriza o sistema federal
Nas penitenciárias federais, as condições de custódia diferem radicalmente do sistema prisional comum. Cada preso ocupa cela individual e não tem contato com outros custodiados, permanecendo 22 horas por dia em regime de isolamento. Apenas duas horas diárias são destinadas ao banho de sol, sempre sob monitoramento permanente de policiais penais federais e sistemas de vigilância eletrônica.
O controle no ambiente prisional federal é absoluto. Desde a criação do sistema, não há registro de entrada de materiais ilícitos nas unidades. Todos os itens de higiene, alimentação e vestuário são fornecidos pelas próprias penitenciárias, eliminando qualquer possibilidade de ingresso de objetos proibidos por meio de fornecedores externos ou visitantes.
Além disso, as visitas sociais e os atendimentos jurídicos ocorrem exclusivamente por parlatório, sem contato físico entre o preso e os visitantes.



