Por Carolina Villela
O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nesta quinta-feira (27) detalhes sobre as condições de cumprimento de pena do ex-ministro da Justiça Anderson Gustavo Torres, preso no núcleo de custódia da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha. O espaço, originalmente projetado para abrigar até quatro pessoas, está sendo utilizado exclusivamente como Sala de Estado Maior para apenas um custodiado, totalizando uma área coberta de 54,76 metros quadrados, além de uma área externa de 10,07 metros quadrados.
Segundo o STF, o espaço oferece estrutura com quarto, banheiro, lavanderia, cozinha e sala, além de comodidades como geladeira, chuveiro com água quente, armários, cama de casal e televisão. O custodiado tem direito a cinco refeições diárias, incluindo café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia.
O banho de sol é realizado na área externa da própria cela, permitindo inclusive a prática de exercícios físicos com total privacidade e sem controle de horário.
Complexo oferece atendimento médico
O núcleo de custódia onde Anderson Torres está preso também inclui posto de saúde com equipe multidisciplinar completa. O local dispõe de dois médicos clínicos, três enfermeiros, dois dentistas, um assistente social, dois psicólogos, um fisioterapeuta, três técnicos de enfermagem, um psiquiatra e um farmacêutico.
Anderson Torres foi preso na última terça-feira (25) após a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o início do cumprimento das penas impostas a sete dos oito condenados do Núcleo 1 da Ação Penal (AP) 2668, sobre a tentativa de golpe de Estado. O grupo é formado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e por ex-integrantes do primeiro escalão de seu governo.
A decisão foi confirmada por unanimidade pela Primeira Turma. Torres foi condenado a 24 anos em regime inicial fechado, sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção.



