Por Carolina Villela
O ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, chegou ao Supremo Tribunal Federal por volta de 9h25 acompanhado dos advogados. Ele foi o único a entrar pela portaria principal e não falou com a imprensa.
Já o tenente -coronel Mauro Cid, delator da trama golpista, entrou pelo subsolo do STF. Os dois participam de uma acareação na sala de audiências da Corte.
A defesa de Braga Netto apontou duas principais divergências entre os depoimentos do general e de Cid: sobre a reunião realizada na casa do ex-ministro em novembro de 2022 e a suposta entrega de dinheiro que teria sido feita por Braga Netto ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Braga Netto está preso no Rio de Janeiro desde dezembro do ano passado e foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes a participar presencialmente da acareação.
Acareação entre Anderson Torres e Freire Gomes
O STF também realiza nesta terça -feira (24), às 11h, a acareação entre o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e o ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes. A defesa de Torres pediu ao ministro Alexandre de Moraes que os dois ficassem frente a frente para esclarecer contradições entre os depoimentos.
Entre os pontos que devem ser discutidos está a participação do ex- ministro da Justiça em reuniões no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro teria apresentado a minuta do golpe.
Acareações ocorrem em sala fechada
As acareações, previstas no Código de Processo Penal, estão sendo conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes. O Procurador -Geral da República, Paulo Gonet, também acompanha o procedimento.
Em decisão nesta segunda-feira (23), Moraes autorizou que as audiências fossem acompanhadas pelos co-réus da ação penal (AP) 2668, que investiga o chamado “Núcleo 1” da denúncia de tentativa de golpe de Estado, incluindo Bolsonaro.