STJ autoriza importação e cultivo de cannabis para fins medicinais

Há 10 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025
O Superior Tribunal de Justiça decidiu autorizar a importação de sementes, plantas e produtos para industrialização e comercialização de maconha para usos medicinais no Brasil. Com a decisão, os ministros estabeleceram prazo de seis meses para que seja regulamentada norma específica sobre o tema pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela União.  O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (13/11).

A decisão foi da 1ª Seção e teve entre as pessoas que fizeram sustentação oral vários advogados que citaram experiências pessoais de filhos, pais, amigos e parentes com doenças graves que registraram significativas melhoras em suas condições de saúde depois que passaram a tomar remédios à base de canabidiol.

Também foi muito destacado durante o debate o fato de que os remédios produzidos com canabidiol em suas essências continuarem sendo obtidos até hoje por meio de importação. E mediante custos altíssimos.

A tese defendida pelos magistrados, que seguiram a posição da ministra Regina Helena Costa, foi de que se a planta da maconha produz a substância tetrahidrocanabinol (THC) de até 0,03% de concentração não possui condição psicotrópica suficiente que seja capaz de causar dependência nos usuários.

E, dessa forma, não se enquadra na definição de drogas feita pela Lei 11.343/2006 (Lei das drogas), motivo pelo qual não deve ser considerado ilícita a concessão de autorização para importação de sementes, do plantio das mesmas e da produção de remédios que contenham canabidiol no Brasil.

 
 
 
 

Autor

Leia mais

Alexandre de Moraes determina que transporte de Bolsonaro deve ser coordenado pela PF ou Polícia Penal, excluindo GSI

Gilmar Mendes requisita ao Congresso Nacional informações sobre rito de impeachment contra ministros

Ministros divergem sobre cobertura de tratamentos fora do rol da ANS

STF dá prazo de 15 dias para cronograma de análise das emendas Pix de 2020 a 2024

CNJ aprova resolução que disciplina registro audiovisual em audiências e julgamentos

Transparência total: CNJ cria norma que disciplina gravação de audiências e Júri

Eficácia preclusiva da coisa julgada impede nova ação para restituição de juros

STJ decide: quem já processou banco por tarifa ilegal não pode pedir de volta os juros pagos em nova ação

Maximum file size: 500 MB