STJ mantém condenação de youtuber por ter associado influencers à pedofilia

STJ mantém condenação da youtuber Antonia Fontenelle por associar influencers à pedofilia

Há 5 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Da Redação

O Superior Tribunal de Justiça (STJ)  manteve decisão de primeira e segunda instâncias que condenou a youtuber Antonia Fontenelle por crimes de calúnia, difamação e injúria contra os influencers Felipe Neto e Luccas Neto.

Por unanimidade, os ministros que integram a 6ª turma do STJ resolveram não conhecer o agravo regimental (um tipo de recurso) interposto pela defesa da apresentadora, por entenderem que “o recurso não enfrentou de forma específica os fundamentos da decisão agravada”.

Com isso, ficou mantida a condenação de Fontenelle por ter associado os dois influencers nas redes sociais a pedofilia.

Entenda o que aconteceu

O caso teve início após publicações feitas pela youtuber em seu perfil no Instagram, “@ladyfontenelle”, onde divulgou um vídeo editado, onde faz críticas aos irmãos. A apresentadora argumentou, em sua defesa, que não teve a intenção de ofender, mas sim “provocar discussão e a readequação dos conteúdos produzidos”.

A publicação motivou o ajuizamento de queixa-crime pelos irmãos, pelos crimes de calúnia (três vezes), difamação (duas vezes) e injúria. Em primeira instância, a ré foi condenada à pena de um ano de detenção, em regime aberto – substituída por prestação de serviços à comunidade – e ao pagamento de 52 dias-multa, no valor de 1/6 do salário mínimo vigente à época dos fatos.

Em 2022, a 1ª câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve integralmente a condenação, afastando a versão de Antonia Fontenelle de que não teve a intenção de ofender a honra dos youtubers. 

Na época, o relator do processo, desembargador Luiz Zveiter, afirmou que “o fato de os apelados serem pessoas públicas e famosas, não significa que não lhes seja garantida proteção à sua honra, e nem que o fato de a apelante desempenhar atividade de imprensa lhe conceda imunidade para ofender a honra alheia”.

Sem fundamentos corretos

A defesa, então, interpôs recurso especial ao STJ, que foi inadmitido na origem. Os advogados de Fontenelle apresentaram um agravo em recurso especial (AREsp) na mesma Corte — o AREsp Nº 2.270.979

Para o relator do caso no Tribunal, desembargador convocado Otávio de Almeida Toledo, a defesa não apresentou de forma específica os fundamentos da decisão agravada, requisito necessário à admissibilidade do recurso.

O magistrado também apontou que a defesa não apresentou precedentes para afastar a incidência da súmula 83 do STJ. “A impugnação da Súmula 83 deste Tribunal demanda que a indicação de precedentes contemporâneos ou supervenientes são referidos na decisão agravada, o que não ocorreu no caso em exame”, frisou ele.

— Com informações do STJ

Autor

Leia mais

Em 2025, Câmara dos Deputados cassou os mandatos de Eduardo Bolsonaro e Ramagem por faltas e condenação

Há 10 horas
Moraes esclarece que decisão do IOF não é retroativa

Moraes determina retomada da ação penal contra Ramagem após perda de mandato

Há 11 horas
A foto mostra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro. Ele é um homem branco, calvo com olhos claros.

Em 2025, Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação no curso de processo

Há 12 horas

Augusto Heleno obtém prisão domiciliar humanitária por demência

Há 12 horas

Alexandre Ramagem: da fuga para Miami às sanções do STF e demissão da PF

Há 16 horas
A foto mostra a fachada da sede da OAB em Brasília.

OAB questiona constitucionalidade de dispositivos da reforma tributária para empresas do Simples Nacional

Há 16 horas
Maximum file size: 500 MB