Por Hylda Cavalcanti
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) empossou nesta quinta-feira (25) sua nova gestão, com o ministro Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho assumindo a presidência. Ao lado dele, os também mineiros Guilherme Augusto Caputo Bastos (vice-presidente) e José Roberto Freire Pimenta (corregedor-geral) completam a direção que comandará a mais alta corte trabalhista até 2027. A cerimônia, marcada pela simplicidade e sobriedade, reuniu autoridades nacionais no auditório do tribunal.
A solenidade de posse refletiu o perfil discreto do novo presidente, conhecido por seus 40 anos de magistratura. Vieira de Mello Filho assinou o termo de posse demonstrando visível emoção, em evento que contou com magistrados da Justiça trabalhista de todo o país. Ministros de tribunais superiores, autoridades do Executivo Federal e organizações internacionais também prestigiaram a cerimônia.
Presença presidencial marca solenidade
A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos momentos de maior destaque do evento. O chefe do Executivo recebeu aplausos prolongados do público presente no auditório. O ministro Lelio Bentes, falando em nome dos magistrados do TST, considerou a presença presidencial “uma honra para o Tribunal”.
Bentes aproveitou para destacar que “é uma honra ser brasileiro e viver num país soberano e democrático”. A fala do ministro ecoou o clima de valorização da democracia que permeou diversos discursos da cerimônia.
Tradição mineira no comando da corte
A origem mineira dos três empossados foi lembrada em várias ocasiões durante os discursos. Vieira de Mello Filho teve sua trajetória destacada, incluindo sua experiência como corregedor-geral da Justiça do Trabalho. Sua atuação como conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também foi mencionada pelos oradores.
A simplicidade característica do novo presidente ficou evidente na condução da cerimônia. Ele empossou os colegas de gestão mantendo o tom discreto que marca sua personalidade. O evento ganhou toque especial com a execução de “Caçador de Mim”, de Milton Nascimento.
No seu discurso, o novo presidente destacou a importância de o TST ser um tribunal plural. Disse esperar que sua gestão seja marcada por valores e que as divergências sejam consubstanciadas em consensos em prol da sociedade.
Destacou ainda que o Brasil tem um Judiciário forte, independente e altivo. Que toda justiça é social. E que o futuro das próximas gerações depende da responsabilidade de todos.
Consolidação como corte de precedentes
Os discursos enfatizaram a continuidade do trabalho de consolidação do TST como Corte de precedentes. A nova gestão herda o desafio de manter a eficiência do tribunal em um cenário de transformações. As relações trabalhistas passam por mudanças significativas que demandam orientação jurisprudencial consistente.
A importância do Judiciário viver um período de maturidade democrática foi tema recorrente nas falas. Os oradores destacaram o papel do TST na manutenção da justiça social no país. A nova direção assume com a missão de preservar a referência de eficiência e inclusão.
Desafios para o biênio 2025-2027
A gestão que se inicia enfrentará questões complexas relacionadas às mudanças no mundo do trabalho. O avanço da tecnologia e novas formas de emprego demandam interpretação jurídica atualizada. O tribunal precisará equilibrar inovação com proteção aos direitos trabalhistas fundamentais.
A experiência dos três magistrados mineiros será fundamental para navegar esse período de transições. Seus perfis técnicos e trajetórias na magistratura representam continuidade na excelência do TST.