Da Redação
A Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) está completando 40 anos de existência, destacados na última quinta-feira (23/10) durante um evento em Belo Horizonte (MG), que contou com a presença de autoridades diversas e representantes do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB). Na ocasião, foi debatido o tema “Justiça, Gênero e Inovação: Por um Direito Transformador”, especialmente na promoção da equidade de gênero no Sistema de Justiça.
Ao representar o presidente do CFOAB Beto Simonetti na solenidade de abertura, a advogada Cléa Carpi celebrou o papel da própria OAB, destacando sua atuação histórica, principalmente na luta pela redemocratização.
“Esta caminhada histórica e essa luta deve nos nutrir no presente e nos orientar para a defesa do Estado Democrático de Direito, da Constituição, da justiça social, dos direitos humanos, do aperfeiçoamento, da cultura das instituições jurídicas e, mais, da sacralidade das nossas prerrogativas, porque somos indispensáveis à demonstração da justiça”, afirmou.
Desafios na sociedade
Carpi ainda abordou os desafios da questão de gênero e a necessidade de um Brasil mais justo e solidário, lembrando que o Conselho Federal da OAB aprovou, em 2020, o sistema eleitoral de paridade na entidade.
O presidente da seccional de Minas Gerais da OAB (OAB-MG), Gustavo Chalfun, outro a falar, disse ser premente “que os homens se engajem ativamente na transformação da sociedade brasileira, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa em nosso país”.
“Reconhecemos que a sociedade brasileira ainda não alcançou uma estrutura que garanta a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. É necessário fortalecer mecanismos como as cotas de gênero, ferramentas essenciais para corrigir as desigualdades existentes”, frisou Chalfun.
Transformação na advocacia
A coordenadora do Colégio de Presidentes da Ordem e presidente da OAB-BA, Daniela Borges, por sua vez, afirmou que “falar sobre liderança feminina e inovação jurídica é reafirmar que o protagonismo das mulheres transforma não apenas a advocacia, mas todo o Sistema de Justiça.
“Liderar com perspectiva de gênero significa abrir caminhos, ampliar oportunidades e construir ambientes mais plurais e democráticos”, acrescentou ela.
O evento que marcou o aniversário da entidade foi o 24ª Congresso da ABMCJ e reuniu lideranças femininas do Direito de todo o país — dentre ministras, magistradas, advogadas, promotoras, defensoras, delegadas, pesquisadoras, docentes, estudantes, além de representantes de diversas instituições públicas e privadas.
— Com informações do Conselho Federal da OAB



