Por Carolina Villela
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou nesta terça-feira (12) autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para realizar exames médicos em um hospital particular de Brasília. Bolsonaro está preso, em regime domiciliar, desde a semana passada, por decisão de Moraes.
Na petição, protocolada na ação penal (AP) 2668, os advogados informaram ao STF que o médico do ex-presidente solicitou a realização de nove procedimentos, incluindo coleta de sangue, urina, endoscopia, tomografia do tórax e abdome e ultrassonografia de próstata.
“A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde do peticionante”, afirmou a defesa do ex-presidente.
Segundo o pedido, os exames deverão ser realizados no próximo sábado, dia 16 de agosto, com permanência hospitalar estimada entre 6 e 8 horas. Dependendo dos resultados, os médicos poderão indicar complementações diagnósticas e/ou medidas terapêuticas adicionais.
Novas visitas
No mesmo pedido, os advogados de Bolsonaro solicitaram a autorização de Moraes para que ex-presidente receba novas visitas. Entre eles, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ) e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).
Prisão foi determinada por descumprimento de medidas cautelares
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada na segunda-feira (04) por “reiterado descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente“. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro vem “ignorando e desrespeitando o Supremo Tribunal Federal” e manteve condutas relacionadas à obstrução da Justiça.
Moraes afirmou que Bolsonaro utilizou redes sociais de seus três filhos e de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.