Brasil registra 51,5 mil ações judiciais contra plataformas digitais em 14 anos

Da Redação Por Da Redação
27 de junho de 2025
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Declaração de pobreza é suficiente para extinguir punibilidade

Estudo da Predictus revela que plataformas digitais enfrentaram 51,5 mil processos no Brasil entre 2011 e 2025. O Facebook concentra a esmagadora maioria dos casos, respondendo por 97% das ações judiciais. A pesquisa, divulgada pela Coluna do Estadão, utiliza dados do maior banco judicial do País.

A decisão recente do STF intensifica o cenário de responsabilização das empresas de tecnologia. Plataformas digitais agora respondem por conteúdo criminoso independentemente de notificação judicial prévia. A mudança representa transformação significativa na regulamentação do setor tecnológico brasileiro.

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Supremacia do Facebook nos litígios digitais

Durante o período analisado, a plataforma de Mark Zuckerberg acumulou 49,8 mil processos judiciais. A média anual de 3,7 mil ações coloca o Facebook como principal alvo. O TikTok ocupa a segunda posição com 916 casos, equivalendo a 2%.

A rede social X registra 633 processos, representando 1% do total de litígios. Os números demonstram concentração extrema de ações contra a Meta. A disparidade evidencia o alcance e penetração da plataforma no mercado brasileiro.

Distribuição geográfica privilegia grandes centros

São Paulo lidera a tramitação de processos contra plataformas tecnológicas no País. O Tribunal paulista concentra 54% de todas as ações movidas contra redes sociais. A liderança reflete tanto densidade populacional quanto acesso facilitado ao sistema judiciário.

Rio de Janeiro e Minas Gerais ocupam posições subsequentes no ranking estadual. O estado fluminense registra 9% dos casos, enquanto território mineiro soma 7%. A concentração regional evidencia correlação entre desenvolvimento urbano e demandas judiciais digitais.

Principais categorias de demandas judiciais

Três modalidades dominam os processos contra empresas de tecnologia no Brasil. Propagação de conteúdo ilícito lidera as denúncias por danos morais. Invasões de perfis e discursos ofensivos completam o trio principal de reclamações.

Valores indenizatórios médios alcançaram R$ 5,7 mil em casos favoráveis aos requerentes. A taxa de sucesso dos autores atingiu 73% das ações apresentadas. O percentual revela tendência judicial favorável às demandas contra gigantes tecnológicas.

Violações de segurança obtêm maior êxito judicial

Casos envolvendo invasões de contas apresentam aprovação judicial de 93%. Essa categoria registra o maior índice de procedência entre todos os tipos. A alta aceitação contrasta com demandas sobre conteúdo controverso.

“Litígios envolvendo difamação em postagens ou discurso de ódio tendem a depender da análise fático-probatória”, explicou Hendrik Eichler à Coluna do Estadão. O fundador da Predictus destacou a complexidade diferenciada desses processos.

Nova era de responsabilização digital pelo STF

O Supremo estabeleceu marco regulatório ampliado para empresas de tecnologia no Brasil. Plataformas devem remover conteúdo criminoso e perfis falsos mediante notificação extrajudicial. A exigência dispensa intermediação do Poder Judiciário, alterando paradigma do Marco Civil.

Crimes contra honra mantêm tratamento tradicional, exigindo decisão judicial para remoção. Empresas assumem responsabilidade adicional de prevenir replicação de ofensas similares. A decisão inaugura nova fase na relação entre Justiça e tecnologia.

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Tags: ações judiciaisbig techsplataformas digitais

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