CNJ cria comitê para fiscalizar uso de IA no Judiciário brasileiro

Há 3 meses
Atualizado quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Da Redação

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instalou esta semana o Comitê Nacional de Inteligência Artificial do Judiciário, um grupo criado para supervisionar e regulamentar o uso de Inteligência Artificial nos tribunais brasileiros. O foco é a proteção dos direitos dos cidadãos com a garantia de padrões seguros, transparentes e éticos para o uso da tecnologia na prestação da Justiça.

O comitê foi criado pela Portaria n. 270/2025 e reúne 27 membros, sob a coordenação dos conselheiros do CNJ Daniela Madeira e João Paulo Schoucair. O grupo terá a missão de avaliar riscos, estabelecer regras de governança, monitorar as soluções já em uso nos tribunais e propor diretrizes para o desenvolvimento de novas ferramentas de inteligência artificial.

Benefícios para a sociedade

A supervisão do uso de IA no Judiciário traz vantagens importantes para os cidadãos. Com padrões claros e fiscalização, os processos judiciais ganham mais segurança e confiabilidade. A medida também garante transparência sobre como a tecnologia está sendo aplicada nas decisões que afetam a vida das pessoas.

Outro benefício é a padronização: ao estabelecer protocolos técnicos e diretrizes comuns, o comitê evita que cada tribunal use a IA de forma diferente, o que poderia gerar desigualdades no acesso à Justiça. A iniciativa ainda prevê a capacitação de magistrados e servidores, garantindo que os profissionais estejam preparados para usar a tecnologia de forma adequada.

Cinco áreas de atuação

Na primeira reunião, o comitê definiu cinco frentes de trabalho até o fim do ano: normatização e governança; classificação de riscos e auditoria; capacitação e treinamento; monitoramento e transparência; e cooperação e inovação.

Entre as primeiras ações está a realização de um diagnóstico sobre como a IA já é usada na Justiça brasileira. Uma pesquisa do CNJ mostra que 45,8% dos tribunais e conselhos já utilizam ferramentas de IA generativa, mas apenas 20% dos projetos estão cadastrados na plataforma Sinapses, o sistema oficial do CNJ para compartilhamento de soluções tecnológicas.

O comitê também vai propor parcerias com escolas de magistratura para criar programas de capacitação, revisar metodologias de auditoria e buscar cooperação com órgãos nacionais e internacionais para incorporar boas práticas ao sistema judicial brasileiro.

Com essa estrutura, o CNJ pretende garantir que a inteligência artificial ajude a tornar a Justiça mais rápida e eficiente, sem comprometer a segurança jurídica e os direitos fundamentais dos cidadãos.

Autor

Leia mais

Funcionários trabalhando numa agência dos Correios

Greve dos Correios ameaça entregas de fim de ano e vai a julgamento no TST em julgamento emergencial dia 30

Há 23 segundos

Viagens de fim de ano em risco: aeronautas votam acordo até domingo sob ameaça de paralisação

Há 14 minutos
Detentos de costas dentro de presídio

Geopresídios: Brasil teve superlotação de quase 250 mil detentos nos seus presídios entre agosto e novembro

Há 1 hora
Prédio do Senado Federal

Senadores protocolam queixa-crime e novo pedido de impeachment contra ministro Alexandre de Moraes, do STF

Há 2 dias
Alexandre de Moraes e Gabriel Galípolo

Polêmica sobre encontros entre ministro Alexandre de Moraes, do STF, com presidente do Banco Central esquenta a véspera de Natal

Há 2 dias

Toffoli marca acareação sobre caso Banco Master para fim de dezembro

Há 2 dias
Maximum file size: 500 MB