Da Redação
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres pediu nesta segunda-feira (24/11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cumprir, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, a pena à qual foi condenado por tentar dar um golpe de Estado — processo que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus.
Delegado de carreira da PF, Torres recebeu pena de 24 anos de prisão e recorre em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica. Ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, a defesa informou que apresentará um novo recurso contra a condenação até 3 de dezembro
Ameaças de morte e depressão
Os advogados, entretanto, afirmaram que se Moraes entender que a pena deve ser executada imediatamente, o ex-ministro tem direito a cumprir a condenação na superintendência da corporação ou no Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP) da Polícia Militar, por ser servidor de carreira da PF.
A defesa de Anderson Torres argumentou, também, que ele já sofreu ameaças de morte quando exerceu o cargo de secretário de segurança e toma remédios contra depressão.
Condição funcional
“Na eventual hipótese de determinação da execução antecipada da pena, pugna-se que o cumprimento da reprimenda se dê na Superintendência da Polícia Federal no DF ou no Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP), ou, ainda, em estabelecimento congênere, compatível com a condição funcional do sentenciado e necessário à sua proteção”, solicitou a defesa.
No dia 14 deste mês, a Primeira Turma do STF manteve a condenação de Torres, do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais condenados na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista.
— Com informações da Agência Brasil



