Por Hylda Cavalcanti
A Câmara dos Deputados, junto com a cassação dos mandatos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) na semana passada, também determinou o cancelamento do passaporte diplomático dos dois. A medida aconteceu no dia seguinte à cassação, em função de exigência do regimento interno da Casa — que determina a invalidação desse documento em caso de perda de mandato — conforme confirmou a mesa diretora.
Eduardo está auto exilado nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano e sem comparecer às sessões legislativas, motivo pelo qual foi cassado. Já Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ex-diretor-geral da Polícia Federal no governo de Jair Bolsonaro, foi um dos condenados no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele fugiu para o mesmo país em setembro passado e é considerado foragido.
Passaporte apátrida
Nas redes sociais, Eduardo reclamou da perda do passaporte e disse que “buscará meios de conseguir um passaporte apátrida”, ou seja, ato de reconhecimento do Estado brasileiro de que ele não é considerado cidadão nacional em nenhum país.
Ramagem, por sua vez, não se manifestou sobre o caso até agora. Ele é alvo de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que sejam encaminhados os documentos necessários, de modo a formalizar o seu pedido de extradição de Ramagem, nos termos do Tratado de Extradição que o Brasil possui com os EUA.
Cursos on-line
Durante o fim de semana, a esposa do ex-deputado, Rebeca Ramagem, anunciou nas redes sociais que o marido elabora cursos on-line para colocar à venda.
Rebeca disse que ela e Ramagem têm “recebido milhares de mensagens de pessoas manifestando o desejo de nos ajudar financeiramente”, mas que, devido a um bloqueio bancário de suas contas, não é possível o recebimento, por isso a ideia de venda de cursos.
— Com informações das Agências de Notícias


