Maria Marluce Caldas, que será indicada por Lula ao STJ

Lula deve indicar procuradora de Alagoas Maria Marluce Caldas para o STJ

Há 3 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas, para o Superior Tribunal de Justiça. A decisão foi tomada após nove meses de análise e deve ser anunciada ainda nesta semana.

Marluce será a segunda mulher indicada por Lula ao tribunal neste mandato, após a indicação do desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, realizada no final de maio. A procuradora é tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, do Partido Liberal.

As vagas no STJ ficaram em aberto em decorrência das aposentadorias das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães. As magistradas deixaram o tribunal em outubro de 2023 e janeiro do ano passado, respectivamente, criando duas posições que precisavam ser preenchidas.

Lista tríplice definida em outubro

O Superior Tribunal de Justiça definiu no dia 15 de outubro as duas listas com candidatos às vagas abertas na corte. Como Laurita Vaz integrava o Ministério Público antes de ingressar no STJ e Assusete exercia cargo de desembargadora, o presidente precisava indicar um integrante do MP e um da magistratura.

A lista dos integrantes do Ministério Público era formada por três nomes: Marluce Caldas, do MP de Alagoas, Sammy Barbosa Lopes, do MP do Acre, e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal. A procuradora alagoana foi escolhida entre os três candidatos após análise presidencial.

O processo de indicação seguiu os trâmites constitucionais, com o STJ elaborando listas tríplices para cada vaga. Cabe ao presidente da República escolher um nome de cada lista para submeter ao Senado Federal para sabatina e aprovação.

Trajetória de 38 anos no Ministério Público

Maria Marluce Caldas Bezerra iniciou sua carreira no Ministério Público de Alagoas em 1986, conquistando a posição por meio de concurso público. Desde então, percorreu diversas comarcas na capital e interior, desempenhando papéis de substituta e titular em locais como União dos Palmares, Maravilha e Flexeiras.

A procuradora atuou no Juizado da Infância e Adolescência da Capital, Vara de Execução Penal e Juizado do Trânsito de Maceió. Destacou-se como a primeira mulher a representar como Promotora de Justiça em júri popular em Maceió, marco importante na história do MP alagoano.

Como terceira mulher a alcançar o cargo de Procuradora de Justiça no Ministério Público de Alagoas, Marluce é estudiosa do Direito, com pós-graduação em Direito Constitucional e Direito Processual pelo Cesmac. Originária de Ibateguara, cursou Direito na Universidade Federal de Alagoas.

Apoio da Associação do Ministério Público

A Associação do Ministério Público de Alagoas divulgou nota pública de apoio irrestrito à indicação de Marluce Caldas ao STJ. A entidade destacou sua “determinação, coragem, ética e zelo no exercício de sua missão” nos 38 anos de dedicação ao Ministério Público alagoano.

A Ampal ressaltou que a procuradora ocupou cargos de relevo na associação, atuando na difusão da cultura e conhecimento jurídico e na articulação com o interior do estado. Marluce também exerceu função de presidente substituta da entidade.

A associação caracterizou a procuradora como “qualificada, combativa, responsável e conciliadora na defesa do regime democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis e dos direitos humanos”. A entidade considera que ela reúne características fundamentais para exercer a missão de ministra do STJ.

A indicação agora segue para o Senado Federal, onde Marluce Caldas será sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça antes de votação no plenário da Casa.

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