Da Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a realizar cirurgia de hérnia inguinal bilateral no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento está marcado para o dia 25 de dezembro de 2025, após internação no dia anterior para exames preparatórios.
A decisão consta de documento da Execução Penal 169, que trata do cumprimento de pena de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão. O ex-presidente cumpre a sentença em regime fechado.
A defesa do ex-presidente comunicou ao STF em 9 de dezembro que ele apresentava novas intercorrências médicas que justificariam intervenção cirúrgica imediata. Dois dias depois, Moraes determinou perícia médica oficial pela Polícia Federal para avaliar a necessidade do procedimento.
Laudo pericial confirma necessidade de cirurgia
O resultado da perícia, realizada em 17 de dezembro, foi encaminhado aos autos em 19 de dezembro através do Laudo 2924/2025. O documento confirmou que Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo, autorizando a realização da intervenção.
Na última segunda-feira, 22 de dezembro, a defesa solicitou data de internação e indicou o dia da cirurgia. Segundo o pedido, Bolsonaro seria conduzido ao Hospital DF Star nesta quarta-feira para exames preparatórios, com o procedimento cirúrgico previsto para o dia seguinte.
A Procuradoria-Geral da República não se opôs aos pedidos de condução do ex-presidente ao hospital. O órgão afirmou não vislumbrar óbice ao acolhimento das solicitações, dadas as informações fornecidas e a recomendação do laudo pericial.
Esposa poderá acompanhar internação
Na decisão, Alexandre de Moraes autorizou o deslocamento e internação de Bolsonaro para o Hospital DF Star. O ministro determinou que o transporte e segurança sejam realizados pela Polícia Federal de maneira discreta, com desembarque nas garagens do hospital.
A Polícia Federal deverá providenciar vigilância e segurança completas durante toda a estadia, mantendo equipes de prontidão. A corporação deve garantir fiscalização 24 horas por dia, com no mínimo dois policiais federais na porta do quarto hospitalar.
Está vedado o ingresso no quarto de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos, exceto equipamentos médicos. A Polícia Federal deve assegurar o cumprimento da restrição.
Visitas restritas durante procedimento
A decisão autoriza a presença de Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, como acompanhante durante toda a internação, observadas as regras do hospital. As demais visitas somente poderão ocorrer com prévia autorização judicial.
A Polícia Federal deverá entrar previamente em contato com o diretor do Hospital DF Star, Allison Bruno Barcelos Borges, para combinar os termos e condições da internação do ex-presidente.


