O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal se manifeste no prazo de cinco dias sobre a necessidade de manutenção dos bens do general Braga Netto apreendidos durante a Operação Tempus Veritatis. O pedido de devolução de itens como celular, pendrive e computador foi feito pela defesa do militar na semana passada.
Moraes também determinou que, após a resposta da autoridade policial, os autos devem ser encaminhados para a Procuradoria-Geral da República, que deve se manifestar em cinco dias.
Braga Netto está preso preventivamente desde 14 de dezembro. Ele e outras 39 pessoas são investigados no inquérito (Pet 121000) que apura a tentativa de golpe de Estado. Segundo a PF, as investigações apontaram indícios de que o militar exerceu papel de liderança e atuou na organização e financiamento do plano golpista.
No despacho, Moraes também ordenou que a Vara de Execução Penal da Comarca da Capital/RJ encaminhe, em cinco dias, relatório detalhado de monitoramento eletrônico de Ailton Gonçalves Moraes Barros e informe sobre eventual troca de tornozeleira eletrônica.
O ex-major do Exército foi um dos militares indiciados pelo suposto envolvimento na elaboração do plano golpista. Segundo relatório final da Polícia Federal, ele atuou sob ordens do general Walter Braga Netto para atacar os comandantes das Forças Armadas que não quisessem aderir à tentativa de golpe.