O Conselho Federal da OAB manifestou-se oficialmente para celebrar a escolha do cardeal norte-americano Robert Prevost como o novo pontífice da Igreja Católica. Eleito pelo Colégio de Cardeais reunido no Vaticano nesta quinta-feira (8/5), o novo papa será chamado Leão XIV, tornando-se o primeiro norte-americano a liderar a Santa Sé.
Reconhecimento do papel global da Santa Sé
O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, destacou o papel da liderança do Vaticano no cenário internacional e sua relevância para o debate público global. “Instâncias que influenciam o debate público global, como o Vaticano, têm responsabilidade histórica na defesa dos direitos fundamentais, da justiça social e da dignidade humana — valores que também fundamentam a atuação da advocacia brasileira”, afirmou.
Simonetti também expressou votos de êxito ao novo pontífice no cumprimento de suas funções à frente da Igreja Católica. “Esperamos que esse novo ciclo contribua para o fortalecimento de compromissos éticos universais, com atenção permanente à dignidade da pessoa humana e à solidariedade entre os povos”, declarou o presidente em nota oficial.
Um papa de perfil inovador
Robert Prevost, natural de Chicago, representa uma quebra de tradição ao ser o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e oriundo de um país de maioria protestante. Antes de sua eleição, ocupava os cargos de prefeito do Dicastério para os Bispos e de presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, o que lhe conferiu ampla experiência com as questões religiosas e sociais do continente americano.
A escolha de um nome papal tradicional – Leão – combinada com a origem geográfica inédita do pontífice, sinaliza uma possível combinação entre respeito à tradição e abertura a novas perspectivas na condução da Igreja Católica. O nome Leão remete a uma linhagem de papas historicamente associados a importantes contribuições sociais e doutrinais.
A eleição ocorre em um contexto de desafios globais significativos, incluindo conflitos armados, crise climática, desigualdades sociais e transformações nas estruturas familiares e sociais tradicionais – temas em que a posição da Santa Sé tem relevância para o debate público internacional.