Da Redação
O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13/11) durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema bilionário de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.
Na operação, o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB) foram alvo de mandados de busca e apreensão.
O cumprimento das medidas foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e realizado pela PF, em mais uma fase da Operação Sem Desconto, sobre fraudes no INSS.
63 mandados
Policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União (CGU) cumprem ao todo, 63 mandados de busca e apreensão, dez mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins, bem como no Distrito Federal.
Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Stefanutto
Principal alvo da operação de hoje, Alessandro Stefanutto foi demitido do cargo em abril passado, após ter sido afastado da função quando o escândalo de fraudes no INSS se tornou público. As investigações revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do institutos, durante o período entre de 2019 e 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
A lista de pessoas presas, além do ex-presidente do INSS envolvem também Antônio Carlos Antunes Camilo, mais conhecido com o “careca do INSS”; Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT); Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes; Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário também ligado à Conafer; Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer; e André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS.
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto disse que não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão do ex-presidente do INSS. Segundo a nota, Stefanutto “segue confiante, diante dos fatos e de que comprovará sua inocência ao final dos procedimentos relacionados ao caso”.
— Com informações de agências de notícias



