Por Hylda Cavalcanti
Chuva, muito frio, dia nublado e pouquíssimas pessoas, com exceção da segurança do Judiciário, do lado de fora do Supremo Tribunal Federal (STF) em frente ao prédio onde está sendo realizada a retomada do julgamento, pela 1ª Turma da Corte, do processo contra tentativa de golpe de Estado que culminou com os atos atentatórios de 8 de janeiro de 2023.




Este é o ambiente observado no entorno de onde está sendo realizada a sessão, ao contrário do início de setembro, quando o início do julgamento resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.
O grupo que está sendo julgado agora é o núcleo 4, formado por militares e por um agente da polícia Federal, entre eles, o ex-major Ailton Barros, o major da reserva Ângelo Denicoli e o engenheiro Carlos César Moretzsohn Rocha.
É visível a redução drástica não apenas do número de advogados presentes como também das equipes de jornalismo acompanhando presencialmente o julgamento.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de todos os réus acusados de liderar desinformação (ou produzir fake news). Na mesma sessão, também se manifestaram os advogados de defesa dos acusados.
Hoje, a sessão começou por volta de 9h22 com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que segue há mais de uma hora. Moraes está fazendo uso de muitos power points apresentando listas e reproduções de mensagens de watsapps trocadas pelos réus, além de documentações.
Seu voto é acompanhado com bastante atenção pelos integrantes do colegiado da 1ª Turma. Depois de Moraes, vão apresentar seus votos os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.