O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o diretor da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) informe, em 48 horas, sobre eventual necessidade de transferência do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para um hospital penitenciário. No início do mês, o ministro autorizou o parlamentar a realizar consultas e exames de coração, mas negou o pedido de regime domiciliar para Brazão.
No entanto, a defesa do deputado informou ao Supremo que o político decidiu não se submeter a um exame de cateterismo fora do presídio, por não se sentir seguro para sair e retornar à Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está detido desde 24 de março de 2024.
Chiquinho e o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, são suspeitos de serem os mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. O ex-chefe da Polícia Civil do estado Rivaldo Barbosa também está preso pelo suposto envolvimento no assassinato. Eles são réus na ação penal (AP2434).
Segundo delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso de realizar os disparos de arma de fogo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como mandantes do asssassinato. Investigações da Polícia Federal apontam que o crime está relacionado a questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio, interesse do grupo político liderado pelos supostos mandantes.