Da Redação
Depois de ampliar a Lei Magnitsky contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a advogada Viviane Moraes, o governo dos Estados Unidos anunciou na tarde desta segunda-feira (22/09) a revogação dos vistos de entrada naquele país do Ministro da AGU, Jorge Messias, do ex-Ministro da AGU José Levi, do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves, além de Airton Vieira, Marco Antonio Martin Vargas e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, que foram auxiliares de Alexandre de Moraes.
As revogações ocorrem em uma nova investida de retaliações contra membros do governo e do Judiciário brasileiros. Segundo o governo americano, familiares dessas autoridades também tiveram seus vistos cancelados.
Em nota, Jorge Messias confirmou a retirada do visto e qualificou as recentes medidas retaliatórias dos EUA ao Brasil de “conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países”.
Compromisso com a Constituição
“Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida. Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, afirmou o Ministro da AGU.
Além de Alexandre de Moraes, o governo dos EUA já tinham anteriormente suspendido os vistos do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso; do vice-presidente da Corte; Edson Fachin; e dos demais ministros Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Bem como o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet; secretário do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales; e o ex-funcionário do governo brasileiro Alberto Kleiman.
— Com Agências


