O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (28), os detalhes da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Conduzida pela ministra Esther Dweck, a apresentação revelou que serão ofertadas 3.352 vagas distribuídas em 35 órgãos federais, reafirmando o compromisso do governo em construir um serviço público mais democrático e inclusivo.
“O CPNU é uma política pública de sucesso, inovadora, que reforça a certeza do nosso governo de que a garantia de bons serviços públicos à população está ancorada nas pessoas que fazem o nosso Estado funcionar”, destacou a ministra durante a coletiva, enfatizando a importância dos servidores em diversas áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública.
Estrutura e novidades
A nova edição do certame mantém a distribuição das vagas em blocos temáticos – serão nove no total – permitindo que os candidatos concorram a diferentes cargos dentro do mesmo bloco, mediante definição de uma lista de preferência. Das 3.352 vagas totais, 2.844 são para cargos de nível superior e 508 para nível médio, sendo 2.180 para contratação imediata e 1.172 para provimento no curto prazo após a homologação dos resultados.
Uma das principais mudanças desta edição será a aplicação das provas em dois dias distintos. O primeiro, previsto para 5 de outubro, será dedicado exclusivamente às provas objetivas para todos os candidatos. Já o segundo, programado para 7 de dezembro, será destinado às provas discursivas, mas apenas para os candidatos habilitados na primeira fase e convocados para esta etapa.
Convocação e segurança
A convocação para a segunda fase contemplará os candidatos aprovados em até nove vezes o número de vagas de cada cargo, respeitando-se a proporção tanto para ampla concorrência quanto para as vagas reservadas a pessoas negras e pessoas com deficiência. Por exemplo, em um cargo com 100 vagas totais, sendo 75 para ampla concorrência, serão convocados 675 candidatos nessa modalidade.
Outra novidade destacada pelo ministério está relacionada à segurança do certame: todas as páginas das provas terão um código de barras para identificação individual do candidato, reforçando os mecanismos contra fraudes.
Principais cargos e distribuição regional
Entre os destaques desta edição está a seleção de servidores para duas novas carreiras transversais geridas pelo MGI: Analista Técnico de Justiça e Defesa (250 vagas) e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (250 vagas). A primeira atenderá órgãos como o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional, enquanto a segunda fortalecerá a atuação em temas relacionados ao desenvolvimento regional, agrário e econômico.
Outro reforço significativo será a abertura de 1.000 vagas para Analistas Técnico-Administrativos, que serão distribuídos em diversos órgãos conforme a metodologia do Dimensionamento da Força de Trabalho que está em andamento. Nove agências reguladoras também terão seus quadros reforçados, com destaque para a Agência Nacional de Mineração, totalizando 60 vagas de nível superior e 340 de nível médio para o conjunto destas instituições.
A distribuição regional das vagas contempla diversas unidades da federação, com destaque para Rio de Janeiro (315 vagas), São Paulo (65 vagas), Pará (66 vagas) e Pernambuco (20 vagas), além das oportunidades em órgãos com sede em Brasília.
Cronograma previsto
Conforme anunciado pelo Ministério da Gestão, o cronograma previsto para o CPNU 2 é o seguinte:
- Publicação do edital e abertura das inscrições: julho de 2025
- Realização da prova objetiva (1ª fase): 5 de outubro de 2025
- Realização da prova discursiva para os habilitados na 1ª fase: 7 de dezembro de 2025
- Divulgação dos resultados: fevereiro de 2026
As provas serão aplicadas em 228 localidades em todo o Brasil, reforçando o caráter democrático e inclusivo do certame ao facilitar o acesso dos candidatos de diferentes regiões do país.