Por Hylda Cavalcanti
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestaram em tom crítico ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão preventiva do pai neste sábado (22/11), lembraram da facada que o ex-presidente sofreu em 2018 e disseram que se ele morrer “a culpa será de Moraes”.
O ex-presidente teve a prisão domiciliar revertida em prisão preventiva na sede da Polícia Federal em Brasília pelo fato de, às 00h08 de hoje, o sistema de monitoramento da PF ter informado ao STF que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica que estava usando. E, no mesmo dia, uma vigília estava sendo organizada em seu condomínio, o que foi considerado pela Polícia Federal como possível estratégia para preparação de um esquema de fuga.
Bolsonaro já foi condenado por tentativa e golpe de Estado a mais de 27 anos de prisão no início de outubro, mas a prisão não se deu por essa condenação, uma vez que ainda se aguardam recursos da defesa para que a sentença seja considerada julgada.
“Matar meu pai”
Dos Estados Unidos, onde se encontra, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o objetivo do ministro do STF é matar o ex-presidente ao decretar sua prisão preventiva.
“Objetivo de Alexandre de Moraes é bem simples: matar meu pai. Terminar o serviço que a esquerda já tentou e terminar o trabalho que Adélio Bispo começou. É uma tentativa de assassinato, nada menos do que isso. (…) Precisamos entender que Alexandre de Moraes é um psicopata”, escreveu o parlamentar.
Uso dos filhos
O senador Flávio Bolsonaro, por sua vez, destacou que a decisão de Moraes criminalizou também o “direito sagrado constitucional de reunião”.
“O que ele [ministro] está dizendo nessa sentença é que eu não posso orar pelo meu pai, que não posso orar pelo meu país”. E acrescentou que “mais uma vez um filho é usado para ele [Moraes] culpar pela prisão de Bolsonaro”.
Divisão entre aliados
“Se meu pai morrer lá dentro, a culpa é sua”, frisou o senador, em referência a Moraes. Entre políticos ligados ao PL e aos demais partidos aliados de Bolsonaro há uma divisão em relação à posição dos filhos do ex-presidente.
Alguns dizem em reservado que a forma açodada de ambos de agir, sem terem conversado antes com outras lideranças políticas tomando medidas como a organização de vigílias e ataques ao STF teriam prejudicado ainda mais o ex-presidente. Já outros, apoiam os filhos de Bolsonaro e pedem aos colegas calma e união neste momento.
— Com agências de notícias e informações do jornal O Poder



