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O Papa Francisco e o Padre Cícero: como o pontífice reconciliou o sertanejo e a Igreja

Da Redação Por Da Redação
22 de abril de 2025
no STJ
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O Papa Francisco e o Padre Cícero: como o pontífice reconciliou o sertanejo e a Igreja

O legado do Papa Francisco é de uma riqueza peculiar. Sensível e humano, ele foi o pontífice que aproximou a Igreja de seus fiéis mais necessitados. Entre outros feitos, foi o Cardeal Bergoglio quem reconciliou a Igreja e a crença popular do interior do Nordeste ao perdoar o Padre Cícero, que o sertanejo reputa como santo.

A lembrança ocorreu em uma declaração emocionada do Ministro do Superior Tribunal de Justiça Teodoro Silva Santos. Nesta segunda-feira, ao expressar seu pesar pela morte do Papa, ele lembrou a importância de seu legado para o Nordeste brasileiro, particularmente para Juazeiro do Norte.

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“Com a morte do Santo Papa Francisco o mundo perde o maior líder espiritual de nossa época. Homem simples, sincero e afável”, afirmou o ministro, que teve a oportunidade de encontrar-se pessoalmente com o pontífice durante seu papado. Segundo Teodoro, a humildade foi uma das maiores virtudes de Francisco, que “refutou pompas, aliou-se e defendeu os pobres” desde o início de seu pontificado.

A reconciliação histórica com Padre Cícero e o impacto no Nordeste

Um dos aspectos mais destacados por Teodoro Silva Santos foi a importância do Papa Francisco para o Nordeste brasileiro, em especial para Juazeiro do Norte, no Ceará. Isso se deve ao gesto histórico de reconciliação da Igreja com a figura de Padre Cícero Romão Batista, ação realizada durante o pontificado de Francisco.

“Durante mais de um Século, Padre Cícero foi tratado com desconfiança pelas autoridades da Igreja, chegando a ser suspenso de ordens por Roma em 1894, acusado de desobediência e práticas consideradas místicas demais. Contudo, o povo fiel do Nordeste sempre o venerou como santo popular”, explicou o ministro, contextualizando a situação histórica.

Em 2022, após décadas de reivindicações, Francisco autorizou oficialmente a reconciliação da Igreja com Padre Cícero, reconhecendo sua importância pastoral, espiritual e social. “Esse gesto foi visto como um ato de justiça histórica — não só com o padre, mas com o povo nordestino (em especial Juazeiro do Norte) e sua fé. Francisco entendeu que a santidade popular também merece respeito e acolhimento”, avaliou Teodoro.

O impacto da reconciliação com Padre Cícero para a região

A reconciliação da Igreja Católica com Padre Cícero, promovida pelo Papa Francisco, representou muito mais que um gesto simbólico para a região de Juazeiro do Norte. Foi um reconhecimento da legitimidade de uma devoção popular que sustenta cultural, espiritual e economicamente uma das maiores romarias do Brasil.

A decisão papal trouxe alívio para milhões de devotos que, durante décadas, viveram o conflito entre sua fé no “Padim Ciço” e as orientações oficiais da Igreja. Historiadores estimam que cerca de 2,5 milhões de romeiros visitam anualmente Juazeiro do Norte para prestar homenagens a Padre Cícero, movimentando significativamente a economia local.

“Com esse gesto de reconciliação, Francisco deu voz e dignidade a uma expressão genuína da religiosidade nordestina. Ele compreendeu que a fé do povo simples tem valor inestimável e merece ser respeitada em suas particularidades culturais”, analisou o professor João Batista, historiador da Universidade Regional do Cariri, que estudou por décadas a figura de Padre Cícero.

Um vazio espiritual e a esperança de continuidade

O ministro expressou que a partida do Papa Francisco deixa “uma imensa lacuna espiritual” no Nordeste brasileiro, região que guarda “eterna gratidão e amor” pelo pontífice argentino. Ao mesmo tempo, manifestou esperança de que seu sucessor siga seus passos, especialmente em relação à “sensibilidade pela Justiça, coragem, compaixão e de semeador (e defensor) da paz e da igualdade social”.

“Por todas essas suas virtudes, certamente, nesse momento ele está no Céu, descansando ao lado de Deus Pai todo poderoso, feliz e com a paz de missão cumprida”, concluiu o ministro em sua homenagem ao Papa Francisco.

Um magistrado de trajetória reconhecida

Teodoro Silva Santos é um jurista de destacada carreira no cenário nacional. Atualmente Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), possui Doutorado em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e Pós-Doutorado em Processo Penal e Direito Constitucional pela Universidade do Minho, em Braga, Portugal.

Antes de assumir o cargo de ministro do STJ, Teodoro foi desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, onde construiu uma reputação de defensor da justiça social e dos direitos fundamentais, valores que, segundo ele, também caracterizaram o pontificado de Francisco.

Rodrigues.

Entre os possíveis candidatos à sucessão, destacam-se nomes de cardeais da África, Ásia e América Latina, regiões onde o catolicismo mais cresce atualmente. “Francisco descentralizou a Igreja, tirando-a de seu eurocentrismo histórico. É possível que seu sucessor continue essa tendência de internacionalização”, avalia Rodrigues.

O ministro Teodoro Silva Santos, em sua declaração, expressou o desejo de que o próximo papa continue o legado de Francisco, especialmente em sua “sensibilidade pela Justiça, coragem, compaixão e de semeador da paz e da igualdade social” – qualidades que, segundo ele, fizeram de Francisco um pontífice verdadeiramente memorável e querido pelo povo nordestino.

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Tags: Padre CíceroPapa FranciscoSTJTeodoro Silva Santo

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