Da Redação
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou nesta quinta-feira (23/10) a prisão temporária do youtuber e influenciador social João Paulo Manoel, conhecido nas redes sociais como Capitão Hunter. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) e concedido pela 1ª Vara Especializada de Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Manoel é suspeito de cometer os crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. Ele foi detido ontem mesmo em São Paulo, pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do Rio de Janeiro (DCAV), com apoio da Polícia Civil paulista.
Denúncia feita por uma mãe
De acordo com o MPRJ, a mãe de uma das vítimas, uma menina de 11 anos, procurou em setembro deste ano a Delegacia da Criança e do Adolescente do Rio para denunciá-lo. A mãe apresentou prints de mensagens trocadas entre Hunter, de 45 anos, e a garota por meio das redes sociais, com pedidos de cunho sexual.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, o criminoso prometeu que acompanharia e apoiaria a menina em jogos. “A vítima relatou que o homem passou a pedir conteúdos de cunho sexual, como fotos íntimas, oferecendo produtos da franquia [Pokémon]. Ele também enviou diversas fotos inapropriadas dele para a menina”, informou nota divulgada pela secretaria.
Conversas gravadas
Conforme ainda a Secretaria de Segurança Pública, foi possível confirmar a conduta do influenciador, também, em conversas gravadas pela menina. O mesmo homem teria abordado, da mesma maneira, um menino de 11 anos. Procurada, a defesa de Hunter não retornou aos contatos. Além disso, as contas do youtuber estão fora do ar nas redes sociais.
Os perfis Capitão Hunter possuem cerca de 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Os conteúdos que ele costuma postar são, principalmente, games e animações, em especial da franquia Pokémon. O público de Manoel é majoritariamente composto por crianças e adolescentes. Ele também tem uma loja, onde comercializa diversos produtos.
— Com informações do MPRJ, da Agência Brasil e do G1



