O volume de novas ações judiciais contra operadoras de planos de saúde registrou alta de 6,8% no primeiro semestre de 2025, totalizando 126,1 mil casos entre janeiro e maio. Dados do Conselho Nacional de Justiça revelam desaceleração nos últimos dois meses, contrastando com crescimento histórico do setor. A judicialização continua sendo principal preocupação das operadoras, que já repassam custos processuais aos reajustes anuais.
Especialistas apontam que negativas de atendimento e reajustes excessivos são os principais alvos das demandas judiciais. O fenômeno pressiona custos operacionais das empresas de saúde suplementar no país.
Desaceleração marca últimos meses do período
Apesar do crescimento acumulado, análises mostram redução no ritmo de novos processos. Os meses de abril e maio apresentaram volumes menores comparados ao histórico recente. A tendência sugere possível estabilização após anos de crescimento exponencial na judicialização.
O Citi destacou em relatório que a mobilização contínua da indústria pode estar contendo problemas crônicos. O Goldman Sachs mantém cautela sobre interpretação dos dados mais recentes.
Despesas judiciais atingem R$ 3,8 bilhões no trimestre
A Agência Nacional de Saúde Suplementar informou que despesas judiciais somaram R$ 3,8 bilhões nos três primeiros meses de 2025. O valor permanece estável comparado ao mesmo período do ano anterior. Dados mostram que 62,4% dessas despesas referem-se ao não cumprimento de atendimentos cobertos.
O percentual elevado de descumprimento gerou pronunciamento da Ordem dos Advogados do Brasil. A OAB-SP expressou preocupação com normalização do descumprimento sistemático de decisões judiciais.
Setor questiona interpretação dos dados oficiais
A Abramge contesta que o percentual represente realidade de suas associadas efetivamente. A entidade argumenta que parcela inclui demandas indevidas, como pedidos antes de carência. Situações fora da rede credenciada ou área geográfica também influenciam estatísticas.
Operadoras já repassam custos da judicialização nos reajustes de planos de saúde em 2025. O impacto financeiro dos processos judiciais afeta diretamente mensalidades dos beneficiários.
Perspectivas para redução da litigiosidade
CNJ e ANS firmaram acordo de cooperação técnica em novembro para redução das ações na Justiça. A iniciativa prevê elaboração de notas técnico-científicas para abastecer sistema e-NatJus. Projeto-piloto começará no Tribunal de Justiça da Bahia neste semestre.
Entre 2019 e 2023, a judicialização custou R$ 17,1 bilhões às operadoras segundo dados da ANS. O volume representa desafio estrutural para sustentabilidade do setor de saúde suplementar.
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