Por Carolina Villela
O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que o Parlamento brasileiro permanece atento e unido na defesa dos interesses nacionais, sempre vigilante na proteção das instituições brasileiras e da soberania do país. A declaração surge em meio a tensões comerciais crescentes entre Brasil e Estados Unidos e é avaliada como uma resposta ao presidente americano Donald Trump.
Em nota oficial, Alcolumbre ressaltou que o Senado está mobilizado para enfrentar as recentes medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos e destacou que a Comissão Temporária Externa (CTEUA), formada por parlamentares, tem atuado ativamente para “reforçar o diálogo e buscar soluções equilibradas” que preservem os interesses nacionais.
Segundo o presidente do Senado, o caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações.
Defesa Intransigente da Soberania Nacional
Em sua declaração, Davi Alcolumbre foi enfático ao reafirmar que “a soberania nacional é inegociável” e que o Congresso Nacional “não admite interferências na atuação dos nossos Poderes”.
Ele reafirmou a confiança nas instituições brasileiras e defendeu o fortalecimento do Poder Judiciário como “elemento essencial para a preservação da soberania nacional”, reforçando o compromisso do Legislativo com a independência dos Poderes.
O presidente do Senado afirmou que o Parlamento está acompanhando “de perto cada desdobramento dessa questão, em conjunto com o Executivo e o Judiciário”, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas.
Alcolumbre não menciona sanções contra Moraes
Alcolumbre foi uma das últimas autoridades a se manifestar. Apesar de defender o Poder Judiciário, ele não citou na nota às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida inclui o congelamento de bens sob jurisdição americana e proibição de transações com cidadãos e empresas dos EUA.
A ação foi tomada, nesta quarta-feira (30), com base na Ordem Executiva 13818, que implementa a chamada Lei Global Magnitsky, voltada contra autores de graves violações de direitos humanos. O governo americano acusa Moraes de censura, detenções arbitrárias e perseguição política