Declaração de pobreza é válida para ter acesso à Justiça gratuita

Há 11 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O Tribunal Superior do Trabalho formou maioria a favor de que a declaração de pobreza assinada pela parte, sob as penas da lei, seja válida para comprovar a insuficiência de recursos para ter acesso à Justiça gratuita. O julgamento está em 14 a favor e 10 contra.

No entanto, diante dos vários posicionamentos quanto aos desdobramentos desse entendimento, os ministros decidiram concluir o julgamento com a tese vencedora na sessão do Tribunal Pleno do dia 25 de novembro.

O incidente de recurso repetitivo diz respeito aos critérios de concessão da gratuidade de justiça após a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), que passou a prever o benefício a quem recebe salário igual ou inferior a 40% do teto da Previdência – equivalente a R$ 3,1 mil – ou a quem comprovar insuficiência de recursos para pagar as custas do processo. O cerne da discussão era definir o que constitui prova para essa finalidade.

Antes da mudança, era admitido que a simples declaração de insuficiência financeira para custear os encargos processuais era suficiente para deferir o benefício com base, principalmente, no princípio do acesso à Justiça. A partir da exigência da comprovação, o dispositivo vinha sendo interpretado de, pelo menos, duas formas, representadas nas duas correntes de votação abertas no julgamento do TST.

Autor

Leia mais

Alexandre de Moraes determina que transporte de Bolsonaro deve ser coordenado pela PF ou Polícia Penal, excluindo GSI

Gilmar Mendes requisita ao Congresso Nacional informações sobre rito de impeachment contra ministros

Ministros divergem sobre cobertura de tratamentos fora do rol da ANS

STF dá prazo de 15 dias para cronograma de análise das emendas Pix de 2020 a 2024

CNJ aprova resolução que disciplina registro audiovisual em audiências e julgamentos

Transparência total: CNJ cria norma que disciplina gravação de audiências e Júri

Eficácia preclusiva da coisa julgada impede nova ação para restituição de juros

STJ decide: quem já processou banco por tarifa ilegal não pode pedir de volta os juros pagos em nova ação

Maximum file size: 500 MB