Por Carolina Villela
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado para o hospital na tarde desta terça-feira (16), após apresentar forte crise de soluço, vômitos e queda de pressão arterial. O transporte foi realizado em comboio, com acompanhamento dos policiais penais que monitoram sua residência desde que foi colocado em prisão domiciliar no dia 4 de agosto, além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A informação foi divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-mandatário, através de publicação nas redes sociais. A emergência médica acontece menos de uma semana após Bolsonaro ser condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
“Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa. Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência. Peço a oração de todos para que não seja nada grave”, escreveu o senador.
Quadro de anemia identificado em exames recentes
A defesa do ex-presidente informou ao Supremo Tribunal Federal que Bolsonaro, apresentou “episódio de mal-estar, pré-síncope e vômitos com queda da pressão arterial, sendo necessário ir à emergência do Hospital DF Star neste momento”.
No último domingo (14), Bolsonaro havia realizado uma série de exames e procedimentos médicos para remoção de oito lesões cutâneas no mesmo hospital. O boletim médico divulgado após a alta hospitalar revelou quadro de anemia e imagem residual de pneumonia recente.
Mais cedo, os advogados apresentaram o relatório médico e atestado de comparecimento referente aos procedimentos do domingo. Segundo o documento, Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star às 8h do dia 14, permanecendo internado até às 14h do mesmo dia para realização de exames laboratoriais, de imagem e procedimento cirúrgico.
Questionamentos sobre procedimentos
Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente relatório detalhado sobre a escolta realizada para levar o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Hospital DF Star no dia 14 de setembro. O ministro solicitou informações específicas sobre o veículo utilizado no transporte ao hospital. A decisão também questiona quais agentes permaneceram no quarto durante o atendimento médico e por quanto tempo.
Outro ponto destacado é o questionamento sobre a demora no retorno. Moraes quer saber por que não houve transporte imediato após a liberação médica do paciente.