A foto mostra o ministro Dias Toffoli, durante sessão plenária do STF. Ele é um homem branco, co, cabelos e barba grisalhos.

Toffoli marca conciliação em ação de fraude do INSS

Há 5 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Por Carolina Villela

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça-feira (17), no âmbito da (ADPF) 1236, que trata da fraude no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), a convocação de audiência de conciliação, que deverá ocorrer no plenário da Segunda Turma, no dia 24 de junho, às 15h. Devem ser intimados a União, o INSS, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal.

A audiência de conciliação foi pedida pela Advocacia-Geral da União com o argumento de que a controvérsia em questão envolve “situação de extrema gravidade com repercussão social e econômica sem precedentes, a configurar lesão a direitos fundamentais de parcela considerável de pessoas reconhecidamente vulneráveis”.

Suspensão de prescrição de indenizações

Na decisão, Toffoli também suspendeu a prescrição das pretensões indenizatórias de todos os lesados pela fraude, segundo ele, para “inibir a advocacia predatória, reconhecer os direitos dos cidadãos e proteger o patrimônio estatal, conferindo-se segurança jurídica para a sociedade brasileira”.

Segundo o ministro, os demais pedidos formulados na ADPF apresentada pela Advocacia-Geral da União, serão analisados oportunamente, devendo-se relembrar que se “trata de matéria de elevada complexidade, que ainda requer maior reflexão”, afirmou. 

“Trágico golpe, ação criminosa e desumana”

Ao apontar os requisitos para aceitar a ADPF, o ministro Dias Toffoli ressaltou a extensão e a gravidade do quadro descrito com possível violação a preceitos fundamentais da Constituição.

Segundo o ministro, a ADPF é meio para que seja possível oferecer uma resposta uniforme e imediata, evitando-se a pulverização de soluções jurídicas diversas para situações de fato idênticas, obtendo-se, assim, celeridade, homogeneidade e eficácia na proteção de direitos e garantias fundamentais de vulneráveis.

Para que se possa atender os interesses daqueles atingidos pelos “abomináveis atos descritos na inicial”, a cooperação entre os Poderes e as instituições da República se impõe, destacou o ministro.

“Diante da relevância da controvérsia posta nessa ação direta, a ADPF apresenta-se como único instrumento capaz de resolver a questão constitucional em tela de forma ampla, geral e imediata”, sustentou.

Toffoli reforçou que uma solução rápida de devolução dos valores aos aposentados afetados não exime nenhum agente público ou privado de eventuais responsabilidades.

“Evidentemente que eventual solução CÉLERE E RÁPIDA DE DEVOLUÇÃO DOS VALORES A QUEM DE DIREITO no presente e trágico golpe que atingiram os beneficiários da previdência – ação criminosa e desumana até não mais poder – NÃO EXIME EM NADA NENHUM AGENTE, PÚBICO, PRIVADO OU PESSOA JURÍDICA”, concluiu.

Esclarecimentos 

Também nesta terça (17), Dias Toffoli esclareceu que o pedido para que o diretor-geral da Polícia Federal informe os números de todos os inquéritos sobre irregularidades do INSS, que tramitam pelo país, que já há procedimento sigiloso específico instaurado em seu gabinete visando a essa providência. 

Toffoli ressaltou que a informação deve ser apensada aos autos da (ADFP) 1236, de maior abrangência, evitando-se a sobreposição de medidas e o risco de decisões contraditórias.

AGU 

A ação foi ajuizada pela Advocacia-Geral da União na última quarta-feira (12) com o objetivo de garantir o ressarcimento às vítimas dos descontos associativos ilegais em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

A ADPF pede, de forma cautelar (urgente), a suspensão do andamento dos processos judiciais em curso no País e da eficácia das decisões judiciais que tratam da responsabilização da União e do INSS pelos descontos indevidos realizados por meio dos atos fraudulentos de terceiros.

“Pela extrema insegurança jurídica, mostrou-se necessário o ajuizamento desta ADPF, com o intuito de evitar que milhões de ações sejam julgadas por todo o país com resultados dissonantes, muitas delas com os exatos contornos do que vem sendo chamado de “litigância predatória”, afirmou a AGU.  

Autor

Leia mais

Luis Fux, ministro do STF

STF confirma que Luiz Fux não votará em recurso de Bolsonaro no julgamento da trama golpista

Há 39 minutos
Capitólio, sede do Poder Legislativo (Congresso) dos eUA

Senado dos EUA rejeita resolução que barraria ataques de Trump à Venezuela

Há 43 minutos
paisagem amazônica retrata rios e matas brasilerias

Aportes ao fundo das florestas ultrapassam US$ 5,5 bi e colocam Brasil na metade da meta para a COP30

Há 47 minutos
PM agride cidadão de pele preta em São Paulo

Relatório revela que 86% das vítimas da violência policial em 2024 eram negras

Há 12 horas
O PResidente da República Luis Inácio Lula da silva discursa na abertura da Cúpula de chefes de Estado

Lula recebe líderes mundiais para a Cúpula de Líderes da COP30 em Belém

Há 13 horas
Paulo Frateschi, ex-presidente do PT, assassinado pelo filho em surto psicótico

Ex-deputado Paulo Frateschi morre esfaqueado pelo filho em surto

Há 13 horas
Maximum file size: 500 MB