Valdemar Costa Neto: medidas cautelares contra Bolsonaro são "perseguição política"

Aliados de Bolsonaro classificam medidas de Moraes como “perseguição política”

Há 4 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A imposição de tornozeleira eletrônica e toque de recolher ao ex-presidente Jair Bolsonaro provocou reações indignadas de aliados e parlamentares da oposição. Deputados classificaram as medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes como “autoritárias, desproporcionais e persecutórias”. A defesa oficial do ex-presidente manifestou “surpresa e indignação” com as restrições severas, lembrando que Bolsonaro sempre cumpriu determinações judiciais. Parlamentares consideram decisão como parte de plano deliberado de humilhação política contra maior liderança da direita brasileira.

A defesa de Bolsonaro divulgou nota oficial contestando as medidas cautelares impostas pelo STF. Advogados destacaram que ex-presidente “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. Equipe jurídica prometeu se manifestar formalmente após analisar integralmente a decisão judicial de Alexandre de Moraes.

O Partido Liberal também se manifestou oficialmente através de nota assinada pelo presidente nacional Valdemar Costa Neto. “O PL manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira”, declarou dirigente partidário. Organização questionou justificativa para operação considerando colaboração histórica de Bolsonaro.

“Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?”, questionou Costa Neto em nota oficial. Presidente do PL considerou medida “desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação”.

Dirigente partidário reafirmou apoio institucional ao ex-presidente em meio às investigações. “Reafirmamos nossa confiança no presidente Jair Bolsonaro, seu compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a verdade”, declarou Valdemar Costa Neto. Partido mantém defesa pública de sua principal liderança política.

Deputados denunciam “teatro de perseguição”

O vice-líder da oposição na Câmara, deputado Sanderson (PL-RS), classificou medidas como tentativa de humilhação política. “Estão tentando destruir Bolsonaro a qualquer custo. A tornozeleira, o toque de recolher, o veto às redes… Tudo isso é parte de um teatro de perseguição”, declarou parlamentar gaúcho.

Sanderson argumentou que não há crime comprovado nem condenação definitiva contra Bolsonaro. “Não há crime, não há condenação, mas há um sistema disposto a tudo para calar quem representa milhões de brasileiros”, afirmou deputado. Considera medidas como estratégia para silenciar principal oposição ao governo atual.

Deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) comparou tratamento dispensado a Bolsonaro com outros casos judiciais brasileiros. “Bolsonaro está sendo tratado como um criminoso perigoso, enquanto corruptos e delinquentes são soltos e aplaudidos”, declarou parlamentar sul-mato-grossense. Considera situação uma “vergonha para o Brasil”.

Parlamentares questionam legalidade das medidas

Deputado Coronel Tadeu (PL-SP) contestou fundamentação jurídica das restrições impostas ao ex-presidente. “O que estão fazendo com Bolsonaro é desumano e ilegal. Essas medidas violam seus direitos fundamentais”, afirmou parlamentar paulista. Considera punição antecipada sem devido processo legal completo.

“Ele está sendo punido sem processo, sem julgamento, apenas por ser quem é. O Judiciário virou instrumento de vingança política”, complementou Coronel Tadeu. Deputado considera medidas incompatíveis com princípios democráticos e constitucionais básicos do ordenamento jurídico brasileiro.

Capitão Alberto Neto (PL-AM) classificou momento como ruptura institucional grave no país. “Bolsonaro é vítima de um sistema que não tolera oposição. Impor tornozeleira, censura e toque de recolher a um ex-presidente sem condenação é ditadura escancarada”, declarou parlamentar amazonense.

Apelo por reação do Congresso

Deputado Rodrigo Valadares (União-SE) fez apelo direto ao Congresso Nacional para reagir contra as medidas. “Chegamos ao fundo do poço institucional. As perseguições ao presidente Bolsonaro são uma vergonha internacional”, afirmou sergipano. Considera necessária intervenção parlamentar urgente.

“Essa decisão de Moraes é humilhante, arbitrária e totalmente desprovida de base legal. É hora do Congresso reagir e pôr fim a esse ciclo de autoritarismo”, declarou Valadares. Deputado considera que “a democracia está sendo sufocada” pelas ações do Supremo Tribunal Federal.

Parlamentares da oposição articulam estratégias de contestação política às medidas judiciais impostas. Consideram momento crítico para mobilização da base conservadora contra decisões do STF. Avaliam que medidas podem gerar reação popular favorável a Bolsonaro e crítica ao Judiciário.

Contexto de tensão institucional

As reações dos aliados ocorrem em contexto de escalada de tensões entre Poderes no Brasil. Supremo Tribunal Federal e base bolsonarista mantêm conflito constante sobre limites da atuação judicial. Decisões de Alexandre de Moraes são frequentemente contestadas por parlamentares da direita.

Oposição considera medidas como perseguição política sistemática contra liderança conservadora. Argumentam que severidade das restrições não encontra precedentes na história política brasileira. Deputados avaliam que decisão pode fortalecer narrativa de vitimização de Bolsonaro.

Momento coincide com articulações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos buscando apoio internacional. Filho do ex-presidente trabalha junto ao governo Trump por sanções contra ministros do STF. R

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