Explosões tinham como alvo Alexandre de Moraes

Há 11 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O diretor – geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou, em entrevista coletiva nesta quinta – feira (14/11), que as explosões que ocorreram ontem, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foram uma tentativa de matar um ministro do Supremo Tribunal Federal. O alvo principal seria Alexandre de Moraes. 

 

A PF trata o caso como ato terrorista, que atentou contra o Estado Democrático de Direito. Elementos apontam que os grupos extremistas responsáveis por atos parecidos continuam agindo. 

 

“Quero fazer um registro da gravidade dessa situação que nós enfrentamos ontem. Que apontam que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Não só a Polícia Federal, mas todo o sistema da Justiça Federal. Entendemos que o episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações”, disse.

 

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, disparou uma série de artefatos na área em frente ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta – feira(13/11) e morreu no local.  A PF acredita que o crime foi planejado há longo prazo, mas a motivação ainda é investigada. Ainda não se sabe se ele agiu sozinho. 

 

Segundo Andrei Rodrigues, o caso se conecta com outras investigações da Polícia Federal em andamento. Francisco estava em Brasília no início do ano passado, quando ocorreram os atos criminosos do dia oito de janeiro. 

 

“Essa pessoa já esteve em outras oportunidades em Brasília. Inclusive, segundo relatos de familiares, estava aqui em Brasília no começo do ano de 2023. Ainda é cedo para dizer se houve participação direta nos atos de 8 de janeiro, isso a investigação vai mostrar”, afirmou.

 

Francisco era filiado ao PL de Santa Catarina e concorreu a vereador em 2020. O homem havia se mudado para Ceilândia, região do Distrito Federal, há cerca de quatro meses. Na casa em que morava, a polícia encontrou mais explosivos produzidos de maneira artesanal. O diretor da PF afirmou que os artefatos simulam uma granada que poderiam causar um dano ainda maior. Agentes usaram um robô para entrar na residência, momento em que uma bomba, que estava em uma gaveta, explodiu.

 

“Felizmente, utilizamos a boa doutrina da nossa instituição e da Polícia Militar também para fazer entrada nesse tipo de ambiente. E entramos com o robô, nosso robô antibombas. Entramos na residência, o robô entrou na residência e a ato contínuo ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão, uma explosão gravíssima. Salvou a vida de alguns policiais que se tivessem ingressado na residência, certamente não sobreviveriam àquela intensidade da explosão”, afirmou. 

 

Ainda de acordo com os investigadores, foi encontrada uma mensagem no espelho da casa, em Ceilândia, relacionada aos eventos de 8 de janeiro.

 

“DEBORA RODRIGUES, por favor não desperdice batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT.” 

 

Segundo a PF, a mensagem é em referência à estátua da Justiça, em frente ao STF, onde Francisco acionou as bombas e também onde seu corpo foi encontrado. 

 

Os policiais encontraram mais explosivos num trailer, que teria sido alugado por Francisco, meses atrás. Segundo o último balanço da Polícia Militar do DF, foram localizados oito artefatos na Esplanada dos Ministérios e, pelo menos, duas bombas na casa dele. Um celular também foi apreendido. Além disso, o homem-bomba portava um extintor de incêndio carregado de gasolina, que funcionava como lança-chamas. 

 

Francisco teria feito ameaças e falado sobre o ataque em vídeo publicado na internet, fato que ainda é apurado pela PF. Andrei Rodrigues defendeu a regulamentação das redes sociais para evitar este tipo de ação.  

 

 

 

 

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